Segundo o jornal, a cooperação militar entre Washington e Londres é há muito uma pedra angular da “relação especial” entre os dois países, mas na noite de quinta-feira (11), véspera da operação, “houve um momento de tensão“.
“Aconteceu quando [o jornal britânico] The Times informou que uma reunião do gabinete tinha sido convocada para discutir a ação militar”, afirma o artigo.
“Uma fonte bem informada” disse ao jornal que os militares norte-americanos “expressaram frustração” com as ações dos seus colegas britânicos, uma vez que este tipo de operações normalmente só é relatado quando os soldados regressam às bases.
“A preocupação se espalhou por Whitehall [o gabinete do governo britânico] à medida que figuras diplomáticas e políticas tentavam rastrear a origem das mensagens vazadas. O que se dizia é que o clima era de ‘profunda decepção'”, relatou o artigo.
Nos últimos 20 anos, se tornou norma no Reino Unido que o parlamento tivesse o direito de votar em questões militares, enquanto no caso do ataque ao Iêmen, os parlamentares foram “esquecidos”.
“Enquanto isso, a verdadeira extensão do descontentamento dos EUA com o vazamento não é clara”, escreve a publicação. O secretário da Defesa do Reino Unido, Grant Shapps, disse ao jornal que “não tinha conhecimento de qualquer frustração em Washington com o vazamento”. Ao mesmo tempo, altos funcionários do governo insistem que o vazamento não teve impacto no momento ou no progresso da operação, acrescenta o The Telegraph.
Após a escalada do conflito israelo-palestino em 7 de outubro de 2023 e a subsequente crise humanitária em Gaza, os houthis do Iêmen anunciaram que vão impedir o trânsito de navios que navegam de e para Israel através dos mares Vermelho e Arábico, até que Tel Aviv levante o bloqueio humanitário ao enclave palestino.
Em resposta, os EUA anunciaram a Operação Guardião da Prosperidade, dedicada a garantir o tráfego de navios civis. Na noite de quinta e sexta-feira (12), os EUA e os seus aliados lançaram dezenas de ataques contra alvos houthis em quatro províncias do Iêmen, incluindo Sanaa e Hodeidah. No dia seguinte, as forças navais dos EUA e do Reino Unido realizaram novos ataques aéreos no norte da capital iemenita.
Fonte: sputniknewsbrasil