Pentágono está ‘frustrado’ com Reino Unido por vazamentos sobre ataque no Iêmen, diz mídia


Segundo o jornal, a cooperação militar entre Washington e Londres é há muito uma pedra angular da “relação especial” entre os dois países, mas na noite de quinta-feira (11), véspera da operação, “houve um momento de tensão“.
“Aconteceu quando [o jornal britânico] The Times informou que uma reunião do gabinete tinha sido convocada para discutir a ação militar”, afirma o artigo.
“Uma fonte bem informada” disse ao jornal que os militares norte-americanos “expressaram frustração” com as ações dos seus colegas britânicos, uma vez que este tipo de operações normalmente só é relatado quando os soldados regressam às bases.
“A preocupação se espalhou por Whitehall [o gabinete do governo britânico] à medida que figuras diplomáticas e políticas tentavam rastrear a origem das mensagens vazadas. O que se dizia é que o clima era de ‘profunda decepção'”, relatou o artigo.
Nos últimos 20 anos, se tornou norma no Reino Unido que o parlamento tivesse o direito de votar em questões militares, enquanto no caso do ataque ao Iêmen, os parlamentares foram “esquecidos”.
Uma foto tirada durante uma viagem organizada pelos houthis do Iêmen em 22 de novembro de 2023 mostra o navio de carga Galaxy Leader apreendido por combatentes dois dias antes, aproximando-se do porto no mar Vermelho, na província de Hodeida, no Iêmen - Sputnik Brasil, 1920, 13.01.2024

“Enquanto isso, a verdadeira extensão do descontentamento dos EUA com o vazamento não é clara”, escreve a publicação. O secretário da Defesa do Reino Unido, Grant Shapps, disse ao jornal que “não tinha conhecimento de qualquer frustração em Washington com o vazamento”. Ao mesmo tempo, altos funcionários do governo insistem que o vazamento não teve impacto no momento ou no progresso da operação, acrescenta o The Telegraph.
Após a escalada do conflito israelo-palestino em 7 de outubro de 2023 e a subsequente crise humanitária em Gaza, os houthis do Iêmen anunciaram que vão impedir o trânsito de navios que navegam de e para Israel através dos mares Vermelho e Arábico, até que Tel Aviv levante o bloqueio humanitário ao enclave palestino.
Em resposta, os EUA anunciaram a Operação Guardião da Prosperidade, dedicada a garantir o tráfego de navios civis. Na noite de quinta e sexta-feira (12), os EUA e os seus aliados lançaram dezenas de ataques contra alvos houthis em quatro províncias do Iêmen, incluindo Sanaa e Hodeidah. No dia seguinte, as forças navais dos EUA e do Reino Unido realizaram novos ataques aéreos no norte da capital iemenita.

Fonte: sputniknewsbrasil

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