Novo acordo entre EUA e China não acabará com guerra comercial entre eles, diz analista


Tsiplakov destacou que apesar do fato de que a guerra comercial entre Pequim e Washington não encerraria, as chances de um compromisso mais duradouro e estável aumentaram após a reunião Trump-Xi.

“A longo prazo, não há motivos sérios para falar sobre o fim da guerra comercial e o confronto acirrado entre os dois países. As contradições não são resolvidas, mas apenas adiadas por um tempo […]. No entanto, aumentaram as chances de se chegar a um compromisso mais duradouro e estável”, ressaltou.

O presidente chinês, Xi Jinping, fala com o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa (à esquerda), durante a Cúpula do Fórum de Cooperação China-África em Pequim 2018. Os empréstimos da China a países pobres da África e da Ásia impõem condições de sigilo e reembolso incomuns que estão prejudicando sua capacidade de renegociar dívidas após a pandemia do coronavírus - Sputnik Brasil, 1920, 31.10.2025

Segundo o interlocutor da agência, os acordos alcançados entre Xi e Trump indicam que as partes percebem a impossibilidade de um abismo econômico total entre elas.

Dessa forma, continuou, esta lacuna poderia levar a danos inaceitáveis tanto para os EUA quanto para a China, e esse fato será o imperativo que determinará as ações futuras dos Estados Unidos e da China

No entanto, apontou o especialista entrevistado, as novas exacerbações poderiam também acontecer.

“Diante da imprevisibilidade e das políticas caóticas da atual administração norte-americana, certamente haverá exacerbações”, avaliou.

Bandeiras dos EUA (E) e de Taiwan - Sputnik Brasil, 1920, 31.10.2025

Ao mesmo tempo, sublinhou que, no curto prazo, as partes conseguiram chegar a um compromisso, embora seja temporário e limitado.

O analista lembrou que o acordo está em vigor há um ano, mas uma parte significativa das barreiras, incluindo as barreiras tarifárias, ainda permanece.

De acordo com Tsiplakov, na verdade, as partes confirmaram os acordos alcançados durante as cinco rodadas de negociações que já ocorreram no âmbito do mecanismo sino-americano de consultas comerciais e econômicas.

“O trabalho do mecanismo de consulta continuará. No momento, o nível de tensão nas relações bilaterais entre a China e os Estados Unidos diminuiu um pouco”, finalizou.

Na quinta-feira (30), Xi Jinping e Donald Trump realizaram uma reunião na Coreia do Sul, em Busan. Após a reunião, as partes chegaram a um acordo comercial que durará um ano. Em particular, os Estados Unidos reduziram os direitos impostos sobre mercadorias da China para 47% de 57%, reduzindo as tarifas de fentanil para 10% de 20%.

A China e os Estados Unidos estão, na verdade, em um estado de guerra comercial, que eclodiu depois que o presidente norte-americano impôs um imposto de 10% sobre as importações de todos os produtos chineses em fevereiro. Em março, foi elevado para 20%, então, após várias etapas recíprocas, o imposto dos EUA sobre produtos chineses atingiu 145%, e a taxa para fornecedores estadunidenses para a China foi de 125%.

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Fonte: sputniknewsbrasil

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