Uma das maiores mudanças da Chevrolet S10 2025 é o motor 2.8 turbodiesel, que está mais potente e econômico. Agora, são 207 cv de potência e 52 kgfm de torque. Já o consumo é de 9,5 km/l na cidade e 11,4 km/l na estrada, segundo o Inmetro. Mais do que melhorias, a marca americana aproveitou para dizer que trata-se de um novo motor. Até o nome na tampa traseira mudou, de CTDi para Duramax.
Mas será que estamos mesmo falando de um novo motor? Na verdade, Duramax sempre foi o nome do motor 2.8 turbodiesel que equipa a S10 desde 2014. Porém, não era usado pela Chevrolet por aqui. Em outros mercados, a própria Colorado usava esse propulsor.
Logo, não estamos falando de um motor totalmente novo. Mas longe de dizer que não houve um trabalho forte de engenharia.
Durante o evento de lançamento da linha 2025 da picape média, Autoesporte conversou com Fábio Daumichen, engenheiro-chefe da S10, que explicou as novidades.
Segundo a Chevrolet, foram mais de 30 evoluções em relação ao motor anterior. Mudaram, por exemplo, pistões, bicos injetores, turbina, coletor de exaustão e linha de combustível. Já peças como bloco e virabrequim foram mantidos do motor CTDi.
A central eletrônica é nova e, pela primeira vez na marca, houve uso de Inteligência Artificial no software de gerenciamento do motor. Vale dizer que não há IA no uso cotidiano da picape, apenas no desenvolvimento da calibração do motor. Segundo a marca, foram inseridas mais de 900 condições de performance, dirigibilidade, emissões, consumo de combustível e condição dos componentes do motor para que a caminhonete ofereça o melhor ajuste para cada condição.
Um exemplo prático está na injeção de combustível nas câmaras de combustão. “A central é capaz de injetar diesel de forma mais homogênea e com diferentes volumes, pressões, períodos de acordo com a necessidade”. Para isso, são levadas em consideração informações como o desgaste das peças, temperatura externa e pressão atmosférica.
O ganho aparece no desempenho. Segundo números de fábrica, a S10 agora leva 9,4 segundos para ir de 0 a 100 km/h, marca um segundo melhor que a versão anterior e apenas 0,2 s mais lenta que a Ford Ranger V6, que tem 250 cv de potência.
Em relação à Toyota Hilux, líder de vendas da categoria e que tem motor de arquitetura similar (2.8 de quatro cilindros e 204 cv), a vantagem é clara, já que a picape japonesa precisa de 12 segundos para chegar aos 100 km/h.
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Fonte: direitonews
