Lewandowski assume Justiça e promete aliança com estados e municípios contra o crime organizado


“É nossa obrigação, e o povo brasileiro assim espera, que o Ministério da Justiça dedique especial atenção à segurança pública que, ao lado da saúde, é hoje uma das maiores preocupações da cidadania”, ressaltou o novo ministro, adiantando que o tema terá prioridade em sua gestão.

Lewandowski abordou, inclusive, o desafio que o crime organizado gera para a preservação da segurança pública. “A atuação das organizações criminosas, nas quais são incluídas as milícias — subdivididas em múltiplas facções, ora aliadas, ora rivais, — restrita a áreas periféricas, onde o Estado se mostrava ausente e aos recônditos ambientes prisionais, hoje se desenvolve a toda parte, à luz do dia, com ousada desfaçatez e moldes empresariais”.
O combate ao crime, conforme disse o ministro, passa por esforços da centralização de dados de inteligência coletados pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Forças Armadas, polícias civis e militares dos estados, guardas municipais, agentes penitenciários, ministérios públicos e outros órgãos.

“Para enfrentar eficazmente o crime organizado que vem se ramificando por todo o país, é preciso aprofundar as alianças com estados e municípios que constitucionalmente detêm a responsabilidade primária pela segurança pública nas respectivas jurisdições”, acrescentou.

O presidente Lula, durante sua fala, agradeceu ao antecessor de Lewandowski na pasta, Flávio Dino, e disse ter certeza que o atual “também passará para a história”.
Lula também enfatizou sobre o desafio do combate à criminalidade no Brasil, que considera um problema macro.

“O crime organizado não é coisa de uma favela, não é coisa de uma cidade, não é coisa de um estado. O crime organizado é uma indústria multinacional, de fazer delitos internacionais. E o crime organizado está em toda atividade deste país, está metido e mancomunado com o crime organizado nos EUA, da França, da Suécia, da Holanda, é uma multinacional com muito poder.”

Em tom de despedida, Flávio Dino também discursou e lembrou dos 35 anos de atuação no serviço público e agradeceu ao povo do Maranhão por ter lhe escolhido para os cargos de deputado federal, governador do Maranhão e senador. Dino foi indicado pelo presidente Lula e aprovado pelo Senado para ocupar o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: sputniknewsbrasil

Anteriores Primeiro túnel imerso da América Latina ligará Santos a Guarujá
Próxima Vacina do Butantan contra a dengue apresenta eficácia de 79,6%, mostra estudo