Quem viu a ascensão da Volkswagen Kombi no mercado, e como símbolo do movimento hippie nos anos 1970, dificilmente imaginaria que um dia o simpático veículo poderia voar. E, de fato, ainda não pode; mas isso não impediu que ela fosse transformada em um helicóptero.
A ideia veio da mente do técnico em manutenção de aeronaves Chuck Jurgen Teschke, que atua no ramo há 38 anos. Com mais de 50 mil seguidores no Instagram, o canadense vem compartilhando a evolução do projeto, que une a Velha Senhora a um Airbus H125, em seu perfil.
Com o visual praticamente intacto até a coluna B, a van manteve as linhas originais na dianteira, mas perdeu as portas corrediças para se adaptar à fuselagem traseira da aeronave. Assim, a Kombi ganhou cauda, rotor de cauda (pequena hélice que controla direção e estabilidade), esquis de pouso e um suporte para três hélices — instalado recentemente no modelo, já que aparece em um post feito por Teschke há cinco dias.
Assim, é provável que o veículo ainda esteja em processo de finalização. Não há imagens do interior, mas sim poucos registros que revelam faltar acabamento na cabine, e talvez até assentos. Outros destaques vão para os faróis da Kombi, que mantêm a posição original, mas ficaram maiores a fim de melhorar a visibilidade para quem está na cabine, e duas janelas arredondadas adicionadas no teto — um item comum em helicópteros.
Apesar da cautela e perfeccionismo com o projeto, a Kombicóptero — como está sendo chamada na internet — não pode, como já mencionamos, levantar voo. O autor da fusão não revelou o motivo em suas redes sociais. Também não há informações a respeito do motor que equipa a “vancóptero”, bem como se há realmente propulsor sob o capô.
Construído para fins recreativos e de exposição, o projeto recebeu o nome FrankenCopter 4 — provavelmente uma referência a Frankenstein —, já que não é a primeira vez que o canadense se arrisca a fundir veículos inusitados. Em um dos casos, por exemplo, Teschke transformou um trator em helicóptero. Processo de adaptação parecido ao que fez com a Velha Senhora.
Para a pintura da “Kombi Voadora”, foi escolhida uma combinação de bege e branco que remete ao design vintage da van. Já o logotipo da marca alemã é original e manteve o tom prateado. Linhas vermelhas contornam o detalhe triangular da dianteira e o para-choque dianteiro original também foi mantido, em branco, combinando com os esquis de pouso.
Por fim, vale ressaltar que a Kombi utilizada no projeto é um exemplar da primeira geração, que foi apelidada carinhosamente de “Corujinha” no Brasil e tem design que chama atenção dos fãs de clássicos e do modelo. Foi vendida por aqui entre 1957 e 1975, equipada com motor boxer, quatro cilindros contrapostos, refrigerado a ar.
Já a van, foi produzida no Brasil entre 1957 e 2013, se tornando um dos modelos a ficar mais tempo em linha no Brasil, após 56 anos. Ano passado, visitamos o museu da Volkswagen, na fábrica de São Bernardo do Campo, e conhecemos uma unidade da Kombi Corujinha de perto, clique aqui e confira.
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Fonte: direitonews