Conteúdo/ODOC – O juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá , recebeu denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e tornou réu o criminoso Paulo Witer Farias Paelo, conhecido como “W.T.”, e outras 25 pessoas alvos da Operação Apito Final, pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Na decisão, publicada nesta quarta-feira (29), magistrado ainda manteve a prisão de 17 réus e concedeu prisão domiciliar para a advogada Fabiana Felix de Arruda, mediante uso de tornozeleira eletrônica.
A Apito Final investigou um esquema milionário de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas orquestrado por “W.T.” na Capital. Ele é apontado como contador do Comando Vermelho em Mato Grosso.
Além dele e da advogada, também se tornaram réus: Alex Júnior Santos de Alencar, Andrew Nickolas Marques dos Santos, Cleyton César Ferreira de Arruda, Cristiane Patrícia Rosa Prins, Emanuele Antônia da Silva, Emerson Ferreira Lima, Emilly Vitória Santos Alves, Erisson Oliveira da Silveira, Fabiana Maria de Cerqueira Dos Santos, Fagner Farias Paelo, Jaiane Suelen Silva de Arruda, Jean Marcel Neves Conrado, Jeferson Da Silva Sancoviche, Jonas Cândido da Silva.
E ainda Joventino Xavier, Luiz Fernando da Silva Oliveira, Maria Aparecida Coluna Almeida, Mário Henrique Tavito da Silva, Mayara Bruno Soares Trombim, Michael Richard da Silva Almeida, Renan Freire Borman, Thassiana Cristina de Oliveira Arruda, Paulo Vinícius Gabriel de Araújo e Tayrone Júnior Fernandes de Souza.
Na decisão, o magistrado citou que os acusados, em tese, “integram uma facção criminosa altamente estruturada, assim como ocultaram e dissimularam a natureza, origem, movimentação e propriedade de bens e valores provenientes, direta ou indiretamente para o respectivo grupo”.
A operação
A Polícia Civil apurou centenas de informações e análises financeiras que possibilitaram comprovar o esquema para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas.
Para isso, segundo a Polícia, “WT” usou comparsas, familiares e testas de ferro na aquisição de bens móveis e imóveis para movimentar o capital ilícito e dar aparência legal às ações criminosas.
A investigação apurou que o esquema movimentou R$ 65 milhões na aquisição de imóveis e veículos. As transações incluíram ainda criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias utilizadas pelo grupo para a lavagem de capitais e dissimulação do capital ilícito.
Fonte: odocumento