Dois navios da Guarda Costeira da China dispararam canhões de água contra o navio de suprimentos filipino Unaizah May 4 na manhã de sábado (23), danificando-o gravemente, contaram as Forças Armadas das Filipinas.
A embarcação filipina realizava uma operação de rotação e reabastecimento de um posto avançado territorial no atol Second Thomas Shoal. O BRP Cabra (MRRV 4409), navio da Guarda Costeira das Filipinas que estava escoltando o UM4, também foi bloqueado e cercado por um navio da Guarda Costeira chinesa e duas embarcações suspeitas de serem da milícia chinesa, de acordo com o comodoro Jay Tarriela, porta-voz da Guarda Costeira das Filipinas.
Segundo ele, o BRP Cabra foi “separado do navio de reabastecimento devido ao comportamento irresponsável e provocativo das forças marítimas chinesas”, que teriam ignorado as regras internacionais destinadas a evitar colisões no mar. Posteriormente, diz, o BRP Cabra conseguiu manobrar e chegar ao Unaizah para ajudar o navio.
Já a Guarda Costeira da China disse, em uma declaração emitida pelo jornal chinês Global Times, que as Filipinas enviaram no sábado (23) duas embarcações de sua Guarda Costeira e um navio de suprimentos para invadir ilegalmente as águas próximas a Renai Jiao, perturbando deliberadamente a paz e a estabilidade no mar do Sul da China. Em seguida, a Guarda Costeira chinesa teria expulsado as embarcações filipinas de maneira profissional e legal.
Trata-se da segunda vez neste mês que embarcações dos dois países entram em conflito perto de um banco de areia disputado no mar do Sul da China, depois que em 5 de março a Guarda Costeira chinesa atacou um navio da sua congênere das Filipinas com canhões de água de alta pressão, causando “pequenos danos estruturais” e ferindo quatro tripulantes.
O banco de areia tem sido ocupado por um pequeno contingente de pessoal da Marinha filipina em um navio de guerra encalhado dos EUA abandonado desde o final da década de 1990, e recentemente tem sido o foco de um impasse territorial cada vez mais tenso entre as Filipinas e a China.
Manila planeja desenvolver tais ilhas no mar do Sul da China, que considera parte de seu território, enquanto Pequim responde que as forças filipinas foram destacadas no local para estender o território marítimo do país insular em torno delas.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Fonte: sputniknewsbrasil