Ford diz que imagem com público brasileiro foi recuperada e comemora resultados na América do Sul


Dois anos e meio e praticamente uma dezena de lançamentos depois, a Ford parece estar terminando de fechar as feridas abertas pela decisão de encerrar a produção no Brasil em janeiro de 2021. De lá pra cá, a marca que já foi uma das maiores fabricantes do país virou importadora, deixou de vender carros de menos de R$ 200 mil e viu o volume anual baixar de 120 mil unidades para cerca de 20 mil.

Mas Daniel Justo, CEO da Ford na América do Sul afirma que o plano parece ter salvado a operação da empresa na região. “Não publicamos resultados financeiros por região, mas estamos muito satisfeitos com o desempenho na América do Sul em todos os aspectos”, disse em entrevista exclusiva à Autoesporte durante o Salão de Detroit.

Ainda que a Ford tenha parado de divulgar resultados por região, em março de 2022, a operação na América do Sul foi lucrativa nos 3 trimestres anteriores — ou seja, após o início da reestruturação e o fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo (SP).

Se antes o ticket médio de cada venda da empresa ficava na casa dos R$ 100 mil, hoje é de R$ 250 mil. Vale lembrar que o Ford mais barato à venda no Brasil custa R$ 210 mil. Quando a F-150, picape de cerca de R$ 500 mil foi lançada em fevereiro, as 500 unidades da pré-venda foram esgotadas em menos de uma hora.

A picape de grande porte foi lançada no Brasil em fevereiro, mas sua versão reestilizada já foi mostrada em Detroit. A tendência é que a nova F-150 desembarque por aqui na metade de 2024.

Isso, para Justo, é uma prova de que a imagem da Ford caminha para ser recuperada completamente. “Depois de 9 lançamentos, podemos mostrar que a Ford está comprometida com o Brasil”. Neste intervalo, a empresa teve que, diversas vezes, reafirmar que não estava abandonando o país, mas sim realizando uma mudança no posicionamento.

“É uma jornada. Toda a transformação de portfólio vem acontecendo. Os clientes que estão buscando os produtos que oferecemos hoje são os primeiros a compreender o novo modelo de negócio da Ford e que temos uma estrutura robusta de qualidade na região”, completa.

A rede de concessionárias também teve que se adaptar. Em vez de vender Ka e EcoSport e atender a um público de massa, agora a clientela é mais exigente e selecionada. Hoje, são 115 pontos de venda. “Conseguimos alcançar o maior nível de satisfação dos clientes dos últimos anos”.

Até o final do ano, a Ford espera consolidar a presença da Ranger no país. Nas últimas semanas, a marca lançou as versões de entrada da picape média com preços competitivos. Mais novidades podem ser esperadas nos próximos meses.

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Fonte: direitonews

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