O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), anunciou nesta terça-feira (20) os nomes escolhidos pelo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Para o comando da PRF, foi anunciado Edmar Camata. Formado em Direito, Camata ingressou na PRF em 2006. Ele é mestre em Políticas Anticorrupção pela Universidade de Salamanca, da Espanha, e tem especialização em Gestão Integrada em Segurança Pública, além de MBA em Gestão Pública. Atualmente, ele é Secretário de Estado de Controle e Transparência no Governo do Espírito Santo.
Já para comandar a Secretaria Nacional de Justiça, foi anunciado Augusto Botelho. Ele é advogado, especialista em Direito Penal Econômico pela Universidade de Coimbra, em Direito Penal pela Universidade de Salamanca e mestrando em Direito Penal Econômico na Fundação Getulio Vargas (FGV).
Botelho iniciou sua carreira trabalhando no escritório de Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça no primeiro mandato de Lula e foi conselheiro na organização de direitos humanos Human Rights Watch. Atualmente, ele é conselheiro do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), do qual foi um dos fundadores, e integra o Projeto Rede Liberdade.
No início deste mês, foi anunciado o nome de Andrei Augusto Passos Rodrigues como novo diretor-geral da Polícia Federal (PF) e de Gustavo Paulo Leite de Souza, como diretor-geral adjunto.
Mais cedo, o então diretor-geral da PRF Silvinei Vasques foi exonerado do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele será substituído temporariamente no cargo por Marco Antônio Territo de Barros, até que o novo diretor-geral assuma, após a posse de Lula, em 1º de janeiro.
Vasques foi pivô de uma controvérsia no segundo turno das eleições presidenciais, envolvendo o uso político da PRF para beneficiar Bolsonaro, promovendo blitze em rodovias que miravam regiões onde Lula tinha vantagem de votos. O MPF pediu o afastamento de Vasques por uso indevido do cargo.
No final de novembro, o juiz José Arthur Diniz Borges, da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro, aceitou uma ação movida pelo MPF contra Vasques, e ele se tornou réu por improbidade administrativa.
Fonte: sputniknewsbrasil