Por conta de ter excedido o teto orçamentário de 2021 – sendo constatada a infração em 2022 – a Red Bull terá algumas desvantagens no início desta temporada, isto é, uma redução de 10% no tempo gasto no túnel de vento para o desenvolvimento do RB19.
Vale ressaltar que, por ter sido a campeã do campeonato de construtores do ano passado, a equipe de Milton Keynes terá outra redução nos testes aerodinâmicos. O que vai causar um impacto no time, enfatizado por Christian Horner em conversa com a revista Racer.
“Está limitando significativamente a quantidade de corridas que podemos fazer em nosso túnel de vento a cada trimestre. Significa que você precisa ser um pouco mais focado e mais disciplinado no que colocamos no processo de teste dentro do túnel ou em nossas ferramentas de simulação”, explicou.
Além disso, o chefe da Red Bull destacou como o limite nos gastos dos times trouxe eficiência para a Fórmula 1.
“Acho que o princípio é ótimo, está impulsionando a eficiência. Se eu olhar para o negócio agora, em comparação onde estava há quatro ou cinco anos, teríamos acabado com muito estoque de peças de reposição novas, que nunca foram usadas, e elas seriam sucateadas. Agora, você simplesmente não pode se dar ao luxo de ter isso. Você tem que ser muito eficaz e eficiente.”
“Portanto, acho que, desse ponto de vista, isso gerou grande eficiência nos negócios. Ele se livrou daquele desperdício que havia e que ninguém viu antes”, argumentou.
Horner também apontou que o teto de gastos ainda precisa passar por algumas mudanças: “Acho que os regulamentos ainda são muito imaturos, eles estão apenas no segundo ano. Portanto, eles ainda estão evoluindo, sendo ajustados e sendo introduzidos no lado da unidade de potência também.”
“É uma coisa boa para a Fórmula 1 e cria um nível de jogo mais equilibrado. Acho que tem alguns elementos que ainda precisam ser afinados.”
“No momento, estamos vendo uma discrepância entre os regulamentos financeiros do chassi e os regulamentos financeiros do motor que, do lado do chassi, eles podem fazer uma ‘festa de Natal’, já do lado da unidade de potência, não! Portanto, há certas coisas que eu acho que precisam ser equilibradas para que haja uma consistência entre esses limites. Mas acho que, no geral, é uma coisa muito positiva.”
“Talvez ainda haja muito peso sobre eles, pois ainda estamos projetando motores e carros muito caros, porque os regulamentos técnicos levam a isso. Acredito que os regulamentos técnicos e esportivos, particularmente no chassi para 2026, precisam olhar mais para os fatores de custo que são direcionados por esses regulamentos técnicos, o que, por sua vez, colocará menos pressão no próprio limite de orçamento”, concluiu Horner.
Fonte: f1mania