A Fórmula 1 pode estar se encaminhando para um confronto com seu órgão regulador, a FIA, no final do processo de inscrição para até duas novas equipes na categoria em 2025.
Vários candidatos passaram pelo processo de licitação da FIA, e acredita-se que duas delas possam ter sido informadas pela federação sediada em Paris, de que atendem aos critérios.
“Parece que a Andretti e a Hitech receberão a aprovação da FIA”, disse o correspondente da Auto Motor und Sport, Michael Schmidt. “Ambas estão em posição de ingressar na Fórmula 1 em termos de tecnologia, pessoal e finanças”, acrescentou ele.
A proposta da Andretti, apoiada pela Cadillac, tem sido a mais proeminente, enquanto a equipe da Fórmula 2, Hitech, também promete entrar na categoria com o apoio do bilionário do Cazaquistão, Vladimir Kim.
No entanto, o obstáculo não é apenas a objeção da maioria das atuais equipes da F1, incluindo a Ferrari com seu poder de veto especial, mas também da Liberty Media e o CEO da F1, Stefano Domenicali.
Frederic Vasseur, chefe da Ferrari, disse que não está convencido pelo argumento de que a F1 se beneficiaria muito ao ter uma equipe americana como a Andretti no grid.
“A atratividade da F1 é muito mais baseada na nacionalidade dos pilotos. Não tem nada a ver com a nacionalidade da equipe”, disse Vasseur.
Quanto a Domenicali, acredita-se que ele esteja em desacordo com o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, argumentando que a Liberty Media também deve ser capaz de controlar quais equipes têm permissão para ingressar na categoria.
“Como sempre dissemos, precisamos garantir que a decisão seja correta para a empresa”, disse Domenicali.
No início deste ano, a Andretti acusou as atuais equipes da F1, de serem gananciosas por não quererem abrir a categoria para um décimo primeiro competidor.
“Claro que todos pensam principalmente em si mesmos e eu provavelmente teria feito o mesmo no lugar deles”, disse Andretti. “Não culpo as equipes”, acrescentou o ex-piloto da McLaren, de 60 anos.
“É um esporte muito, muito caro e todos são incrivelmente comprometidos. Eles precisam se proteger e eu entendo isso, mas no final das contas, eles não tomam a decisão sozinhos. Essa decisão ainda está nas mãos da FIA e da FOM”, encerrou Andretti.
Fonte: f1mania