Para ele, a vitória do candidato republicano não deve ter influência especialmente em relação às próximas eleições de 2026. Temer enfatizou ainda que o Brasil vive uma realidade distinta dos EUA e que, por isso, cada país tem suas prioridades e dinâmicas. “Essas coisas são definidas muito pelas realidades locais”, afirmou.
Segundo o ex-presidente, em coletiva no 1° Congresso Brasileiro de Precatórios, em São Paulo (SP), o rumo das eleições no Brasil será definido pela “realidade da economia” e pela “tranquilidade social”.
Temer também afirma que a população brasileira deseja uma política mais moderada e menos radical. “Será a realidade dos candidatos que se apresentarem em 2026, a realidade da economia, a realidade da tranquilidade social que irá definir os rumos e a eleição de 2026.”
O ex-presidente também comentou a natureza das relações entre Brasília e Washington, que, segundo ele, devem ser vistas como institucionais e não pessoais.
Temer criticou a ideia de que essas relações sejam conduzidas por afinidades entre líderes específicos, ao invés de serem baseadas no respeito entre nações. “A relação não é, como equivocadamente se diz, com o presidente Lula e Donald Trump. A relação é isso, República Federativa do Brasil com Estados Unidos da América”.
Segundo ele, há “o mal hábito no país de achar que é uma relação pessoal”. Temer defendeu ainda a postura do presidente do Brasil em parabenizar o vencedor das eleições americanas.
Temer aliado de Bolsonaro?
Questionado sobre o retorno à vida pública, Temer respondeu que está satisfeito com sua trajetória e que não pretende voltar a ocupar cargos eletivos. “Saí da vida pública, fiquei 32 anos, já me dou por satisfeito, não voltarei”. Recentemente, o ex-presidente teve seu nome associado a vaga de vice em uma eventual candidatura de Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030.
Segundo ele, questionado sobre as eleições municipais da capital paulista, o resultado mostrou que “o povo não quer muito essa radicalização”.
Temer argumenta que o caminho ideal para o país é de “moderação” e “sensatez”. “Essa moderação, essa sensatez, é uma determinação da própria Constituição Federal.”
Fonte: sputniknewsbrasil