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Um estudante da Universidade de Oxford, identificado como Alexander Rogers, cometeu suicídio após se tornar vítima da “cultura do cancelamento”, de acordo com um inquérito. Rogers, de 20 anos, estudante do Corpus Christi College, foi encontrado morto após entrar no Rio Tâmisa, em janeiro deste ano.
A informação foi divulgada pelo jornal britânico Daily Mail Online. O estudante foi marginalizado por seus colegas dentro da universidade após uma alegação não especificada, o que levou à sua exclusão social.
O tribunal ouviu que, devido a essa rejeição, Rogers foi “condenado ao ostracismo”, o que, segundo o legista, culminou em sua morte.
Após sua tragédia, amigos do jovem participaram de uma maratona para arrecadar fundos para a instituição de caridade Papyrus UK, dedicada à prevenção do suicídio. Eles descreveram Rogers como “o epítome do que é bom neste mundo”, destacando sua bondade, calor humano, e amizade.
Uma revisão de incidentes graves, conduzida pelo especialista Dr. Dominique Thompson, revelou uma “cultura generalizada de ostracismo social” na universidade, que foi “normalizada”. A revisão apontou que estudantes foram excluídos sem provas substanciais contra eles. Não foi divulgada a alegação que teria motivado o comportamento dos colegas.
Embora a universidade não tivesse conhecimento dessa cultura antes do relatório, ela aceitou as recomendações do estudo. Em nota, um porta-voz conjunto da Universidade de Oxford e do Corpus Christi College expressou suas condolências à família de Rogers e à comunidade universitária, profundamente impactada pela perda do jovem. A instituição também informou que está revisando suas práticas para evitar casos semelhantes no futuro, reafirmando que o bem-estar de seus alunos é sua “prioridade absoluta”.
A família de Rogers, representada por um advogado, pediu que a cultura de ostracismo fosse reconhecida para prevenir outras tragédias. Eles solicitaram um relatório de prevenção de morte futura, que agora será enviado ao Departamento de Educação, com um convite para considerar a prevalência da “cultura do cancelamento” no ensino superior.
O legista, Nicholas Graham, expressou suas condolências à família e lamentou profundamente a morte do jovem. Segundo ele, Rogers sofreu um ferimento grave na cabeça, que foi a causa da morte. A morte foi oficialmente classificada como suicídio.
Em junho, amigos de Rogers criaram uma página JustGiving e participaram da Maratona de Salisbury Plain, arrecadando quase £10.000 para a instituição de prevenção ao suicídio. A mensagem na página dizia: “A perda de Zander foi sísmica. Ele era e é o epítome do que é bom neste mundo; gentil, caloroso, engraçado e um amigo incrível para muitos.”
Fonte: gazetabrasil