No dia 24 de janeiro comemora-se o dia dos aposentados, e este ano marca o centenário da criação dessa data, que foi instituída em 1923, como uma homenagem à instituição da primeira lei brasileira destinada à Previdência Social, denominada de Lei Eloy Chaves. Na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) eles somam mais de 1.800, entre professores e técnicos administrativos, com trajetórias de contribuições para o ensino, a pesquisa e a extensão nas mais diversas áreas do conhecimento, além de histórias marcadas por desafios e superações.
Entre elas, o técnico administrativo Mauro Gabriel Ramos, que chegou à Universidade na década de 1990, após a extinção do seu antigo órgão público, o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). “Ao ingressar na UFMT atuei na secretaria da Reitoria, e após no serviço social. Fui responsável pelo vale transporte dos servidores, unidade vinculada à antiga Cabes, atualmente Coordenação de Assistência Social e Saúde do Servidor (CASS)”, conta.
Já o docente aposentado, Marco Antônio Pinto, integrou inicialmente o corpo de professores auxiliares de ensino, em 1975. Formado em Engenharia Florestal e Bacharel em Direito, foi o primeiro professor do Departamento de Engenharia Florestal, Câmpus de Cuiabá. Em 2001, recebeu a missão de desbravar o nortão do Estado, atuando no Câmpus de Sinop, onde foi diretor do antigo Instituto Universitário do Norte Matogrossense (Iunmat), e Pró-reitor, por oito anos.
Em 1980, foi o ano em que a UFMT recebeu a técnica, Neuza Dorileo de Freitas Rondon, que atuou inicialmente no Instituto de Biociências e encerrou sua carreira na Secretaria de Gestão de Pessoas, Câmpus de Cuiabá. “Veja a UFMT como uma grande Mãe. Mesmo sendo uma Instituição Federal era também, na visão de quem trabalhava lá, alguém sempre pronto a apoiar nossos sonhos ou nos “consolar”, recorda afetivamente se referindo também às oportunidades que a UFMT proporcionou pessoal e profissionalmente.
A constante e necessária transformação
Realização é o que marca o professor Marco Antônio Pinto, que memora também a expansão da UFMT pelo Programa do Governo Federal de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais Brasileiras, por volta do ano de 2007. “Nesse período houve expansão dos cursos de graduação e pós-graduação, contratações e concursos de professores e técnicos. Momento primordial para a educação e o ensino superior.Tivemos o prazer de implantar os cursos na área de ciências agrárias e muitas ações realizar”, destaca.
Nesse clima de memórias da UFMT, num passado não tão distante, o biólogo de formação, com especialização em Educação Ambiental, o técnico, Mauro Gabriel Ramos, também recorda sua antiga rotina de trabalho. “Vejo que a chegada da informática e da internet na Universidade foi um marco para nós. Até meados de 1995, utilizávamos máquinas de datilografia para redigir os documentos, e haviam pessoas para distribuir as correspondências pelo Câmpus, devido às distâncias das unidades”, ressalta o aposentado que é natural de Vila Bela da Santíssima Trindade, se aposentou em 2015.
O servidor, que sempre atuou na parte administrativa da UFMT, especificamente no atendimento ao público, complementa que um dos marcos em sua trajetória foi o incentivo profissional. “ A UFMT, por meio do plano de carreira, incentiva a continuação do desenvolvimento pessoal e profissional. Fiz muitos cursos para aprimorar a realização das minhas atividades, e até mesmo graduação, onde formei com 45 anos de idade. Eu e diversos colegas continuamos estudando e atualizando. Isso é muito gratificante ”, conta.
Em uma Instituição multicâmpus, e com um estado extenso em território, os desafios são à altura, assim como foi para o professor Marco Antônio Pinto, que em 2001 recebeu a proposta de deixar a capital para assumir a direção do – IUNMAT, atualmente Câmpus de Sinop. “Esse momento marcou minha trajetória na UFMT. Em 2008 fui designado Pró-reitor do Câmpus. A presença da Universidade, nessa região do estado, foi e é muito significativa para o desenvolvimento social, científico, econômico e cultural. A chegada do Câmpus trouxe professores com excelente formação, o que permitiu a expansão do conhecimento, da pesquisa e extensão”, destaca o professor que se aposentou em outubro de 2016.
Celebrando também seus 52 anos de fundação, a técnica Neuza Dorileo de Freitas Rondon destaca a importância da Instituição em sua vida e para o Estado. “Atuei na área acadêmica, dando suporte aos professores e alunos. Por fim tive a oportunidade de atuar na Gestão de Pessoas, com a carreira dos Técnicos e docentes. Nesse sentido reafirmo que a chegada da UFMT no Estado é um divisor de águas para o desenvolvimento. Momento de muita importância pela diversidade de ações desenvolvidas nas mais diversas áreas do conhecimento. Professores e pesquisadores com excelentes trabalhos e reconhecimento nacional e internacional”, finaliza.
Fonte: ufmt