Foram os feitos dentro das pistas que levaram Lewis Hamilton ao posto de um dos maiores desportistas de todos os tempos. Porém, é o lado ativista do heptacampeão mundial de Fórmula 1 que o fez transcender os circuitos.
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Em Brasília nesta segunda-feira (7/11), para receber a honraria de cidadão honorário — a primeira vez que tal título foi concedido a um estrangeiro no país — Hamilton não esqueceu das lutas sociais, se dizendo inspirado pelo Brasil.
“Como um atleta negro, eu estou muito comprometido em criar mudanças e promover diversidade. E eu me sinto muito inspirado pelo Brasil, eu vejo tanta diversidade e vejo o quanto podemos realizar juntos. Nós só temos que nos unir, ficarmos positivos e focados em nossos objetivos. Não aceitar não como resposta e nunca desistir”, concluiu, aos aplausos.
Fãs
Os fãs compareceram em peso para acompanhar o recebimento da honraria de cidadão honorário brasileiro a Lewis Hamilton. Entre eles, estava a estudante Maria Eduarda Menescal, de 22 anos, que começou a acompanhar a Fórmula 1 em 2021. Apesar de sempre conhecer o campeonato e o esporte, ela nunca tinha parado para acompanhar. Depois de ver um ator conhecido em um dos GPs, Maria Eduarda decidiu seguir a F1 e se apaixonou instantaneamente.
Desde o início, a estudante torce para Lewis Hamilton. “A paixão de Lewis Hamilton, a forma como ele corre, que vai muito além no esporte, além das pautas que ele defende, que vão de encontro com o que eu acredito. Consigo me ver muito nele devido a essa paixão”, explica ela.
Apesar do amor pelo esporte e pelo piloto, Maria Eduarda decidiu ir à Câmara dos Deputados “de última hora”. “Uma amiga me chamou para ir na tarde de domingo (6/11). Fiquei um pouco na dúvida, com medo de dar errado, mas decidi ir e foi uma ótima decisão”, conta. “Quando você usa sua fama para defender pautas importantes, como o direito das mulheres e causas raciais, principalmente dentro de um esporte muito preconceituoso, dá pra perceber como que a pessoa vai além do esporte. Esse é o grande diferencial do Lewis e é só mais um motivo para torcer por ele”, pontua Maria Eduarda.
A jovem Ana Cecília, de 17 anos, foi outra torcedora que decidiu comparecer à homenagem. A menina conta que começou a acompanhar a Fórmula 1 no início de 2021, depois de assistir a série Drive to Survive, documentário da Netflix que mostra os bastidores da competição. “No início, gostava muito do Daniel Ricciardo. Mas a história do Lewis e as coisas que ele defende fizeram com que eu me atraísse pela personalidade, alem do esporte”, conta ela.
Além dela, Sandra e Janaína, mãe e filha, marcaram no evento. As duas relatam que acompanham a F1 “desde que se entendem por gente”. “Eu acompanho desde a época do Ayrton Senna e sempre fui muito fã do brasileiro. Minha filha estava acostumada a ver as corridas comigo e acabou tomando gosto”, diz Sandra.
Janaína revela que passou a torcer por Hamilton em 2016. “Quando a rivalidade entre Hamilton e Nico [Rosberg] começou a aflorar, eu fiquei ainda mais interessada e decidi torcer para o Lewis”, lembra. Cearenses morando em Brasília há dois anos, elas ainda pontuam que a paixão vai além das pistas: “Os projetos e posicionamentos do Lewis fazem nossos olhos brilharem. Ele é muito humilde e carismático, um ser humano incrível. Além disso, para nós, ele é o melhor piloto da história”.