Contramedidas: China aprova lei contra sanções que desafia a hegemonia ocidental, diz mídia


Segundo o Financial Times (FT), a China aprovou uma nova lei de relações exteriores que aprofunda o controle do presidente Xi Jinping sobre as relações externas do país e fortalece a base legal do governo para aplicar “contramedidas” contra ameaças ocidentais à segurança nacional e econômica, como no caso das recentes sanções norte-americanas na guerra comercial entre EUA e China.
A aprovação da lei ocorre em um momento preocupante nas relações EUA-China que caíram para o nível mais baixo em décadas e ampliaram a insegurança e as tensões geopolíticas ao redor da questão de Taiwan.
A agência Xinhua informou ainda na quarta-feira (28) que o Congresso Nacional do Povo, o parlamento da China, aprovou a legislação que garante apoio legal mais firme para Pequim responder a medidas ocidentais, mas pode pôr em risco os esforços chineses para captar novos investidores no exterior.
O Global Times (GT) afirmou que a lei, que entra em vigor no sábado (30), deve fornecer uma “base legal para a luta diplomática contra as sanções”, além de soar como “alerta e dissuasão contra a hegemonia ocidental”.
Uma bandeira americana é hasteada ao lado do emblema nacional chinês durante uma cerimônia de boas-vindas à visita do presidente dos EUA Donald Trump fora do Grande Salão do Povo em Pequim, 9 de novembro de 2017. - Sputnik Brasil, 1920, 29.06.2023

A lei simboliza mais um marco na série de políticas de Xi como a Iniciativa de Segurança Global, que amplia a estrutura de defesa internacional alternativa de Pequim na direção da multipolaridade e se opõe à ordem liderada pelos EUA.
As autoridades chinesas tomaram uma série de ações visando os interesses comerciais ocidentais no país nos últimos seis meses em resposta às ações unilaterais ocidentais contra a indústria de chips, minerais críticos e tecnologia de informação chinesa.
Na terça-feira (27), Xi prometeu “continuar a promover vigorosamente a abertura de alto nível e proteger melhor os direitos e interesses dos investidores estrangeiros” durante uma reunião com o primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Hipkins, segundo a Xinhua.

Fonte: sputniknewsbrasil

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