CNI: BNDES é um ‘elo estratégico’ para a política industrial


Um elo estratégico para a política industrial. Assim classificou a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a importância do papel a ser exercido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a economia nacional, em que seu presidente, Robson Braga Andrade, acentuou que a indústria ‘confia na capacidade’ do nomeado Aloizio Mercadante de conduzir o banco de fomento, como ‘instrumento de fortalecimento do setor, no caminho do desenvolvimento sustentável do país’.

Andrade manifestou, também, a expectativa de que o banco de fomento desempenhe ‘papel decisivo’ no apoio à adoção de uma política industrial voltada à indústria 4.0, assim como à inovação pelo setor privado, na direção da maior integração internacional da economia brasileira, visando a transição para uma economia de baixo carbono.

Segundo o líder industrial,  a indústria espera que Mercadante, à frente do BNDES, envide esforços para uma “atuação focada no fortalecimento do setor produtivo, assim como na adoção de estratégias que contribuam para o crescimento sustentado da economia”, acrescentando o escolhido pelo presidente eleito possui “uma trajetória de interlocução franca e aberta com a indústria e conhece as forças e os desafios de quem produz e empreende no Brasil”.

Nessa perspectiva, Andrade acrescentou que o “Brasil precisa de uma política industrial moderna, alinhada às melhores práticas internacionais, com investimento em inovação, com ênfase em tecnologias socioambientais sustentáveis, eficiência energética, geração de energias renováveis e digitalização de processos governamentais”.

Ao avaliar a importância do BNDES, o presidente da CNI lembrou o esforço empreendido pela instituição, ao se aproximar da agenda de modernização da indústria, pela Câmara 4.0, o que permitiu que o banco de fomento ‘compreendesse melhor as demandas do setor produtivo por crédito e subvenção, e que resultaram na criação de linhas de financiamento para maquinário e serviços 4.0’.

Andrade destacou, ainda, a necessidade de que o Estado atue na formulação de políticas específicas de apoio à pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), por meio do BNDES, tendo em vista ampliar a atuação junto a agentes privados, no financiamento a pequenas e médias empresas.

Do ponto de vista do comércio internacional, o dirigente industrial considera fundamental que o BNDES igualmente apoie as exportações, a um nível compatível com as necessidades de financiamento do setor exportador brasileiro, uma vez que, no período de 2009 a 2019, os desembolsos do BNDES-Exim foram reduzidos em 91%, situação ainda não revertida, mesmo após uma recuperação parcial, ocorrida em 2020.

Fonte: capitalist

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