Chevrolet volta a vender Opala e Monza no Brasil, mas de um jeito diferente


Anunciado desde fevereiro, o programa Chevrolet Vintage, focado na restauração de veículos clássicos, acaba de ser lançado oficialmente no Brasil. A ação faz parte das comemorações de 100 anos da empresa no país e prevê a recuperação, tanto estética quanto mecânica, de carros que fizeram história no portfólio nacional da marca. Neste primeiro momento, foram escolhidos para o projeto os modelos Opala, Monza, Kadett, S10 e outros.

Segundo a General Motors, o programa é tocado em conjunto com oficinas parceiras e os trabalhos são realizados sob a supervisão dos engenheiros da própria fabricante. Neste primeiro lote, algumas unidades foram restauradas com o mesmo nível de fidelidade do respectivo ano de fabricação, enquanto outras ganharam customizações exclusivas.

O primeiro estilo é chamado pela Chevrolet de “Restauração”, ou seja, resgate da originalidade de fábrica, mantendo as especificações em todos os detalhes originais do carro. Já o segundo é designado como “Restomod”; isto é, mantém a identidade clássica, mas com atualizações de mecânica e tecnologia.

Para o lançamento do programa, 10 veículos foram restaurados. Veja a lista abaixo:

De acordo com a marca, todos os veículos restaurados neste primeiro lote serão vendidos em leilão e parte do lucro arrecadado será doada ao Instituto GM, que realiza projetos sociais. O primeiro pregão está programado para acontecer em novembro. Os 10 modelos desta primeira etapa, datados das décadas de 1960 a 2000, foram escolhidos a dedo e representam diferentes fases dos 100 anos da GM no Brasil.

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Segundo a Chevrolet, todos os veículos passaram por um processo de restauração cuidadoso e, principalmente, técnico. Durante os trabalhos, até mesmo antigos catálogos de manuais de produção, serviços e especificações de peças foram usados para ajudar a mapear a restauração. As oficinas Z28, Batistinha e Fullpower foram responsáveis pelo serviço e equipes de engenharia da própria GM acompanharam todos os processos.

Em alguns casos, a GM buscou até mesmo o fornecedor original de alguns componentes, como tecidos, para reproduzir o material exatamente dentro das especificações de época. Todos os veículos restaurados terão plaquetas na carroceria e no motor para identificar que foram validados pelo programa Chevrolet Vintage.

No processo, a marca realizou em todos os modelos testes de laboratórios e provas em diferentes tipos de pista. “O objetivo é garantir que estejam de acordo com os parâmetros de funcionamento de um carro antigo“, diz a Chevrolet. Os engenheiros realizaram ensaios de dinâmica veicular, ruídos e vibrações, dirigibilidade, rolagem e frenagem.

Dos 10 carros escolhidos para a primeira fase do projeto, quatro já estão prontos. É o caso do Omega CD Irmscher 1994, que foi descrito pela Chevrolet como “em estado de zero quilômetro”. O modelo teve a carroceria inteiramente desmontada e repintada, componentes revitalizados e substituídos por peças genuínas e recebeu bancos de veludo originais da época. Além disso, recebeu o kit Irmscher, elevando o motor de 3.0 para 3.6.

O Monza 500 EF 1990 também passou pelos menos processos do Omega e ganhou até parafusos tratados com o mesmo acabamento zincado da época. O interior tem couro legítimo e rádio Alpine original do ano. Além disso, o motor foi refeito com peças originais do estoque da GM.

No caso do Opala SS-V 1979, o tratamento especial não foi diferente. O icônico motor 4.1 de seis cilindros ganhou injeção direta e trabalha associado ao câmbio Tremec de cinco marchas. A suspensão recebeu amortecedores Bilstein, ao passo que a direção foi aprimorada e os freios a disco são de alta performance. Na cabine, há até ar-condicionado atual.

Por fim, a Chevrolet também restaurou uma unidade da picape S10 Rally 2004, originalmente desenvolvida para o Rally dos Sertões. O motor 2.8 turbodiesel MWM foi refeito e a curva de torque foi alterada para 50 kgfm a 2.000 rpm. Estruturalmente, a gaiola interna de proteção tem certificação da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e os bancos são do tipo concha.

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Fonte: direitonews

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