Nesta quarta-feira (30), o ministro da Indústria de Defesa, Pat Conroy, disse em discurso que a Austrália estava aumentando sua defesa de mísseis e capacidade de ataque de longo alcance.
A autoridade afirmou ainda que pretende cooperar com os seus parceiros de segurança de Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, para contribuir para uma “estabilidade regional“, uma argumentação duramente criticada por Pequim enquanto os EUA continuam alimentando tensões na região especialmente ao redor da questão de Taiwan.
“Por que precisamos de mais mísseis? A competição estratégica entre os Estados Unidos e a China é uma característica primária do ambiente de segurança da Austrália“, disse o ministro em Camberra.
Em setembro, a China testou um ICBM que viajou mais de 11.000 km para pousar no oceano Pacífico, ao nordeste da Austrália, o que, segundo o ministro, evidencia que o Indo-Pacífico está à beira de uma nova era de mísseis, uma vez que o armamento é extensamente utilizado como “ferramenta de coerção”. A partir disso, Camberra passou a implantar mísseis SM-6 em sua frota de destróieres da Marinha para fornecer defesa de mísseis balísticos.
Segundo a apuração da Reuters, no início deste mês, a Austrália anunciou um acordo de A$ 7 bilhões (cerca de R$ 26,5 bilhões) com os Estados Unidos para adquirir SM-2 IIIC e Raytheon para sua Marinha.
Camberra também havia anunciado anteriormente que gastaria A$ 74 bilhões (aproximadamente R$ 280,7 bilhões) na aquisição de mísseis e defesa de mísseis na próxima década, incluindo A$ 21 bilhões (cerca de R$ 79,6 bilhões) para financiar a fabricação doméstica do país por meio da Australian Guided Weapons and Explosive Ordnance Enterprise.
Além disso, o país deve gastar A$ 316 milhões (mais de R$ 1,1 bilhão) para estabelecer a fabricação local de Sistemas de Foguetes de Lançamento Múltiplo Guiado (GMLRS, na sigla em inglês), em parceria com a Lockheed Martin para produzir armas superfície-superfície de rápida implantação para exportação, a partir de 2029.
Fonte: sputniknewsbrasil