Aluno é achado desacordado e sangrando em banheiro de escola pública do CPA 3


Um aluno de 13 anos foi encontrado desmaiado e com a cabeça sangrando no banheiro da Escola Estadual Leonidas Antero de Matos, no bairro CPA 3, em Cuiabá. Ele foi agredido por outros estudantes da unidade, no final da tarde dessa segunda-feira (4). A mãe do menor, Clara Aparecida, acredita que o filho seja vítima de bullying, pois é a segunda vez que ele é machucado por colegas. Ela registrou boletim de ocorrência contra a unidade escolar por omissão de socorro.

A mãe contou ao que a diretoria da escola ligou para o seu marido, pai do menino, e informou que o filho foi encontrado no banheiro caído e desacordado. Quando chegaram no local, nem mesmo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) havia sido acionado.

“Chegamos lá na escola e encontramos nosso filho semi desacordado no chão do banheiro, com dificuldade para falar, abrir os olhos e se mover. A escola acionou o Samu depois que chegamos. Após a chegada do Samu, nenhum representante da escola nos acompanhou até o hospital ou perguntou como ele estava”, disse revoltada a mãe com a situação.

 

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O menino recebeu os primeiros socorros da equipe médica ainda no banheiro e precisou ser levado ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Após os cuidados médicos, ele passou por exame de tomografia na cabeça para verificar se houve algum dano interno, onde não foi constatada lesão. Menor recebeu alta e se recupera em casa.

No hospital, após acordar do desmaio, a mãe questionou o filho do que teria acontecido e ele relatou que foi ao banheiro e, enquanto urinava, outro garoto maior que ele, ficou fazendo piadinhas e “brincando” de abrir a porta. Vítima teria pedido para que parasse com aquilo.

“O garoto não parava, mesmo depois de ter pedido. Aí, ele colocou o pé por de baixo da porta, enquanto meu filho urinava, foi quando ele chutou o pé do garoto. Nesse momento, o menino já abriu a porta dando vários socos nele e ele não viu mais nada”, explicou Clara.

Por fim, a mãe disse estar indignada de saber que o filho foi agredido e correu risco de vida em uma escola pública. Para ela, por estar em uma unidade escolar, o aluno deveria ao menos ser protegido pelos diretores e professores.

“Me senti impotente por não proteger o meu filho e indignada de saber pela ineficiência do Estado e da escola. Meu filho correu risco de vida, pois se outro aluno não entra no banheiro e encontra o meu filho desacordado, ele poderia ter consequências mais graves. Os funcionários da escola não viram e nem ouviram nada”, disse.

Outro lado

Reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), mas até o momento não houve resposta.

Fonte: gazetadigital

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