O piloto espanhol da Ferrari, Carlos Sainz, foi criticado nessa temporada por não conseguir participar diretamente na disputa pelo título, mas mais tarde, foi novamente criticado por fazer exatamente isso, conseguindo melhores desempenhos. Sainz disse que foi muito frustrante como o debate sobre o piloto número um na Scuderia se desenrolou ao longo do ano.
Charles Leclerc foi o piloto da Ferrari que teve um ótimo desempenho no início desta temporada, com o monegasco abrindo 51 pontos de vantagem sobre Sainz, após cinco etapas terem sido realizadas.
Mas com Max Verstappen se aproximando da liderança de Leclerc, fãs e especialistas pediram que a Scuderia apoiasse o então líder do campeonato como seu piloto número um.
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A Ferrari se recusou a fazer isso, convencida de que ambos os pilotos receberiam tratamento igual.
O que se seguiu foram dois abandonos em três corridas para Leclerc, e a Ferrari se sentindo justificada em sua decisão, mas os comentaristas ainda pediam que Leclerc fosse considerado o número um.
Isso se complicou no GP da Inglaterra, onde a estratégia da Scuderia fez com que Leclerc perdesse a vitória em favor de Sainz.
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“Posso entender que, após as primeiras corridas, Charles estava claramente um passo à frente tanto na qualificação quanto no ritmo de corrida”, disse o espanhol em entrevista ao jornal espanhol AS. “Mas no meio da temporada melhorei muito.”
“Comecei a entrar mais na luta e foi meio frustrante de certa forma, porque quando entrei na luta parecia que algumas pessoas não me queriam lá. Fui criticado por não estar lá, e quando comecei a estar, alguns se perguntaram o que eu estava fazendo lá na frente, que era para deixar Charles ganhar tudo.”
“Foi frustrante, especialmente de uma parte da imprensa. Eles me criticaram, mas quando eu estava lá lutando, eles não me queriam mais na frente”, disse Sainz.
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À medida que a temporada continuou, os dois pilotos da Ferrari foram ficando cada vez mais atrás de Verstappen, que garantiu seis das oito vitórias seguintes depois de Silverstone, no caminho de seu segundo título na F1.
No momento, a Ferrari tem com Sainz e Leclerc, uma das duplas mais fortes do grid, mas o espanhol disse sentir que às vezes, os críticos parecem preferir que não fosse esse o caso.
“Acho que sim”, disse ele. “Além disso, Mattia (Binotto, chefe da equipe) e a equipe reconhecem que é uma virtude, é um dos nossos pontos fortes. Mas está claro que havia uma parte das pessoas que seguem a Ferrari, que não queria que fossem dois pilotos no mesmo nível.”
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“Talvez seja uma questão para os outros, porque estou convencido de que a melhor coisa para a equipe, é que nós dois estamos o mais próximos possível um do outro”, disse Sainz.
Admitindo que foi uma temporada mista, tanto para ele quanto para a Ferrari, Sainz afirmou que seu foco é evoluir ainda mais.
“Estou na Fórmula 1 há muitos anos e sei mais ou menos como esse esporte funciona”, disse ele. “Tive anos muito bons, maus começos e bons finais, bons começos e finais ruins.”
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“Sei que mais ou menos, no fundo, o importante é a cabeça. Estar calmo, confiar em si mesmo. Talvez esse seja um dos meus pontos fortes. A casa pode cair sobre mim e continuarei sendo positivo, e tentarei continuar tendo bons resultados sem que isso me afete muito”, afirmou.
Sainz acrescentou: “Sei que tenho coisas para melhorar como piloto, mas também sei que sou bom, que sou capaz de ir bem em qualquer corrida”, finalizou.
No próximo ano, se a Ferrari puder resolver seus problemas de confiabilidade e estratégia, a história para Sainz e Leclerc no campeonato pode ser diferente.
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