Nos dias anteriores da competição, o Brasil conquistou dois ouros, um de Rafaela Silva (57kg) e outro de Mayra Aguiar (78kg), além de um bronze de Daniel Cargnin (73kg). Por isso, neste momento, o país está em segundo lugar no quadro de medalhas, atrás apenas do Japão, que tem cinco ouros, três pratas e dois bronzes.
A trajetória de Beatriz até a final foi repleta de lutas difíceis. Após estrear com vitória por ippon sobre Larisa Ceric, da Bósnia e Herzegovina, voltou ao tatame para enfrentar a lenda cubana Idalys Ortiz, dona de quatro medalhas olímpicas (um ouro, duas pratas e um bronze), e oito em mundiais (dois ouros, duas pratas e quatro bronzes). No duelo, a brasileira foi dominante e forçou três punições a Ortiz para sair vencedora.
Em seguida, na semifinal, Bia encarou a japonesa Wakaba Tomita, adversária que jamais havia superado. Foi derrotada por ela, inclusive, nas semifinais do Mundial do ano passado, antes de ir para a disputa do bronze daquela edição e conquistar a medalha. No novo encontro, fez uma luta inteligente, anulou as ações da rival e alcançou a vitória nas punições, assim como nas quartas de final.
Beatriz Souza entrou no tatame para a disputa do ouro com a missão de diminuir uma larga vantagem da adversária nas outras vezes em que se encontraram, já que Romane Dicko venceu três de quatro duelos entre elas. O desfecho da decisão, que ampliou os números de Dicko, veio de maneira rápida, quando restavam ainda 2min55 para o cronômetro zerar, após a francesa encaixar o ippon para ficar com o ouro.
Também nesta quarta-feira, o Brasil foi representado na disputa masculina até 100kg por Rafael Silva, o Baby, que buscava sua quarta medalha em mundiais. Também dono de dois bronzes olímpicos, Baby venceu a luta de estreia, contra o chinês Ruinxuan Li, mas foi eliminado nas oitavas de final, após ser imobilizado pelo usbeque Alisher Yusupov.