O presidente Vladimir Putin afirmou, nesta quarta-feira (29), que a Rússia está avançando tanto no campo de batalha quanto no desenvolvimento de armas de nova geração, reiterando a abertura do país ao diálogo.
“O Burevestnik é um deles. Muitos especialistas internacionais afirmaram anteriormente que uma arma desse tipo seria impossível de construir em curto prazo; no entanto, ela já foi fabricada”, acrescentou.
Putin também falou de um novo sistema avançado: o Poseidon, veículo submarino não tripulado equipado com uma propulsão nuclear.
“O que o torna único é o fato de representar uma geração completamente nova de armamento estratégico”, observa Mikhailov. “Movido por um reator nuclear, ele pode operar a grandes profundidades por tempo indefinido e alcançar praticamente qualquer ponto dos oceanos do mundo”, continuou.
Isso torna o Poseidon quase invulnerável aos atuais sistemas de defesa antimísseis e abre um leque totalmente novo de possibilidades para a dissuasão estratégica.
Ambos os sistemas mudaram definitivamente o equilíbrio atual de poder, avalia o analista, que ressalta o incomum silêncio do Ocidente, que até agora não se pronunciou sobre os avanços da Rússia.
No domingo (26), o presidente da Rússia declarou que os principais objetivos dos testes do míssil Burevestnik foram alcançados.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov, disse que o míssil fez um voo de teste de 14 mil quilômetros, e que este alcance não é o limite.
O novo míssil pode representar uma ameaça potencial ao sistema de defesa antimísseis Cúpula de Ouro (Golden Dome, em inglês) proposto por Trump, que está sendo desenvolvido para destruir mísseis balísticos intercontinentais com uma trajetória muito mais alta do que o Burevestnik, que voa baixo, escreve The Wall Street Journal.
De acordo com a opinião de observadores dos EUA, o Burevestnik pode ser uma arma supostamente política. O fato de o míssil russo ser capaz de não ser abatido pelo sistema Cúpula de Ouro pode dar a Moscou uma alavanca potencial de pressão na conversa sobre controle de armas, avalia a publicação.
Fonte: sputniknewsbrasil
 
 
 
				







