“A decisão, portanto, não pode se basear em supostos retornos que o investimento em defesa traria para a economia nacional. É uma decisão política, que, justamente por isso, não pode se restringir aos quartéis.”
“Defesa não é receita de bolo, onde juntamos X% do PIB com um número Y de efetivos e temos como resultado uma política. Seguir o exemplo da OTAN como realidade absoluta é fruto de uma dificuldade em pensar a defesa brasileira a partir da nossa própria realidade.”
🪖📉🇧🇷 Brasil precisa de prontidão, não de exagero nos gastos militares, diz especialista
Fabrício Ávila, presidente do ISAPE, defende que o foco do Brasil deve ser o reequipamento das Forças Armadas, e não um aumento desproporcional nos gastos militares. Segundo ele, manter o… pic.twitter.com/dfNnoJFmvY
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) July 10, 2025
“Geralmente as pessoas falam em orçamento militar e pensam muito na questão de salários, muito na questão de pensões, muito na questão de aprisionamento de recursos, e menos na prontidão. O grande problema das Forças Armadas modernas, não só as brasileiras, mas as do mundo inteiro, é a questão da prontidão. Ou seja, se elas estão prontas ou não para entrar em combate.”
Quem é o inimigo do Brasil?
“Faz sentido investir em projetos como o KC-390, da Embraer, quando, há pouco tempo, a empresa esteve ameaçada de ser vendida à Boeing? Para que tal resposta seja apresentada, é preciso que o governo federal, o Congresso, a academia e a sociedade civil sentem à mesa para discutir.”
“Isso não quer dizer que a saída é uma aliança militar sul-americana, aos moldes da OTAN, mas sim a construção de um arcabouço de confiança mútua onde os vizinhos e demais parceiros não fossem encarados como ameaças e, em conjunto, pudessem apresentar suficiente potencial dissuasório a ponto de mitigar ameaças externas.”
“Talvez seja um grande dilema das Forças Armadas brasileiras, argentinas, entre outras, que é justamente no que investir, onde investir e qual vai ser o melhor investimento. […] Todo mundo compara forças armadas a um seguro. E seguro, geralmente, ele é caro pensando em nunca usar.”
Fonte: sputniknewsbrasil