Moral do exército israelense em colapso: quais seriam os motivos?


De acordo com o The Jerusalem Post, o declínio na disposição de servir nas FDI contrasta com o entusiasmo público que se seguiu ao ataque do Hamas em outubro de 2023, quando as taxas de recrutamento voluntário eram de 20% a 30% maiores do que o número de homens e mulheres convocados para o serviço militar.
Um soldado israelense acena para fotógrafos durante uma incursão do Exército em Tubas, na Cisjordânia, 11 de setembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 01.12.2024

Segundo o veículo, a perda de interesse em ingressar no Exército israelense se explica por vários motivos. Entre eles:

Fadiga de combate: o jornal relata “esgotamento absoluto”, tanto físico quanto emocional, entre os convocados nos últimos 19 meses, que tiveram que abandonar a família, o emprego ou os estudos após serem convocados para servir entre três e seis vezes.

Perda de fé no primeiro-ministro Benjamin Netanyahu: após forte apoio inicial à resposta de seu governo aos ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023, houve uma percepção crescente entre os cidadãos de que seu governo prolongou a guerra por razões políticas, além de críticas persistentes à sua condução do conflito e ao que os israelenses percebem como falta de interesse em encerrar a operação.

Isenções para fiéis ultraortodoxos: essa situação minou o moral dos reservistas, que consideram esse privilégio profundamente injusto. Historicamente, os judeus ultraortodoxos — judeus que se dedicam exclusivamente ao estudo da Torá e à observância religiosa — foram isentos de recrutamento ou serviço militar. Embora alguns tenham se juntado às fileiras desde o início da guerra em Gaza, eles são um grupo minoritário dentro do exército. Tenho que deixar minha esposa e meu recém-nascido pela quinta vez porque os haredim (termo para judeus ultraortodoxos) se recusam a servir; isso não está certo”, escreveu um reservista na nota anônima.

O jornal também aponta para uma falta de clareza nos objetivos da guerra, especialmente quando “o primeiro-ministro e o chefe de gabinete discordam sobre se o objetivo principal é destruir o Hamas ou recuperar os reféns”. Essa situação, diz a análise, gera desconfiança, dúvidas e um sentimento de inutilidade.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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