Após o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) desejar a morte do presidente Lula durante sessão da Comissão de Segurança Pública, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou nesta quarta-feira (9) que a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) investiguem as declarações do parlamentar. Para o órgão, houve crime de ameaça e incitação à violência.
A AGU também questiona se o discurso ultrapassou os limites da imunidade parlamentar. Na última terça (8), o deputado criticava o processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 32 pessoas por tentativa de golpe de Estado, que incluía, entre as ações reveladas pela PF, o plano para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
“Quero mais é que ele morra mesmo e que [os seguranças pessoais] andem desarmados. Quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não quer dizer que vou matar o cara. Mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Porque nem o diabo quer o Lula, por isso que ele está aí e superou um câncer”, afirmou durante a sessão.
Comissão aprova projeto que proíbe uso de armas por seguranças de Lula
Na ocasião, a Comissão de Segurança Pública, que é presidida pelo deputado federal Delegado Caveira (PL-PA), aprovou por 15 votos favoráveis e 8 contrários o projeto de lei que quer proibir o uso de arma de fogo por seguranças pessoais do petista e de ministros. Para seguir a tramitação em plenário, a proposta ainda vai passar por outras duas comissões na Casa.
Conforme o texto, caso seja aprovada, a lei passa a proibir o uso de armas de fogo por integrantes da segurança pessoal da Presidência da República e também de ministros, mesmo em atividades “que envolvam a segurança imediata” de cada um.
Para o autor do projeto, a medida está em conformidade “com a ideologia do atual mandatário, que não vê nas armas de fogo algo benéfico para a sociedade“, em alusão às iniciativas do governo Lula que suspenderam decretos de Jair Bolsonaro que facilitam o acesso aos equipamentos no Brasil. “Vamos tirar a arma do Lula, vamos tirar a arma dos ministros, e a gente vê como é que eles se sentem. Talvez eles mudem de ideia”, acrescentou.
Porém, líderes do governo na Câmara acreditam que o texto não deve seguir em tramitação por ser inconstitucional. Além disso, ainda não foi votado na principal comissão da Casa, a de Constituição e Justiça.
Fonte: sputniknewsbrasil