A proposta de Donald Trump para que os EUA assumam o controle Gaza trouxe incertezas, mas o cessar-fogo entre Israel e o Hamas, a saída de Bashar al-Assad do governo da Síria, um Irã disposto a negociar e um novo governo no Líbano geraram esperanças de uma nova fase na região. O Egito, um importante mediador nas recentes negociações de paz envolvendo Tel Aviv e o grupo militante palestino, conseguiu sua primeira venda de dívida em dólar em quatro anos, sinalizando uma recuperação econômica.
Segundo a Reuters, os investidores começaram a comprar títulos de Israel e do Líbano, apostando na recuperação de Beirute. A apuração ouviu o analista da FIM Partners, Charlie Robertson, que disse acreditar que os últimos meses mudaram a região, criando uma nova dinâmica, mas ainda há preocupações de que o plano de Trump para Gaza possa reacender as tensões.
A proposta de Trump para transformar Gaza em uma “Riviera do Oriente Médio” foi amplamente condenada pela comunidade internacional. Em resposta, o Egito anunciou uma cúpula árabe de emergência para discutir os desenvolvimentos da questão palestina enquanto a S&P Global indicou que poderia remover o aviso de rebaixamento de notação de Israel se o cessar-fogo se mantiver, o que seria positivo para a economia israelense.
16 de janeiro, 08:33
Michael Fertik, CEO da Modelcode.ai, decidiu abrir uma subsidiária em Israel devido ao alívio das tensões, destacando a importância da geopolítica na sua decisão.
Para o investidor, “com Trump na Casa Branca, ninguém duvida que os Estados Unidos apoiarão Israel em uma luta“, afirmou explicando como isso dá previsibilidade mesmo se a guerra recomeçar.
Investidores em títulos estão retornando a Israel após um período de afastamento durante a guerra. O ministro da Economia, Nir Barkat, planeja um pacote de gastos focado no crescimento econômico. No entanto, o mercado de ações israelense, que teve um bom desempenho após os ataques de outubro de 2023, está em declínio desde o cessar-fogo.
Sabina Levy, da Leader Capital Markets, observou que o mercado teme mais o conflito político interno do que a guerra. Se o cessar-fogo falhar, é provável uma reação negativa dos mercados.
Fonte: sputniknewsbrasil
