Conteúdo/ODOC – O resultado do primeiro turno das eleições em Cuiabá surpreendeu a todos, inclusive os próprios candidatos. O favorito, Eduardo Botelho (União Brasil), teve 88.977 votos (27,77%), amargando o 3º lugar e ficando fora do segundo turno. Abilio Brunini (PL) teve 126.944 (39,61%) e venceu o 1º turno, avançando ao lado de Lúdio Cabral (PT) que teve 90.719 votos (28,31%).
Na semana do pleito, o Instituto Percent havia apontado para o avanço de Abilio e Botelho, com o candidato do União vencendo o pleito. Segundo Ronye Steffan, proprietário da Percent, o fator “virada” ocorreu nas últimas horas e não foi possível detectar.
Ainda na avaliação dele, fakes dos próprios candidatos geram dúvidas nos eleitores ao responderem os institutos.
“Em Cuiabá a Percent entrou em campo para coleta de informações no dia 2 de outubro até 4 (sexta-feira), onde nossos profissionais não conseguiram identificar em entrevistas o sentimento de virada. Outro fator em campo nas pesquisas presenciais, é a demonização da empresa por candidatos que não aceitam o resultado das divulgações, propagando “fake news” em que as empresas são contratadas para fazer cadastro para determinado político ou candidato. Dessa forma, gera desconfiança quando abordados para darem sua opinião sobre em quem votar, achando que é realizado algo direcionado, assim, o eleitor acaba não dizendo seu voto real em seu candidato de preferência, dando resultados diversos da apuração das urnas”, afirma.
Steffan aponta para o cenário de acerto em diversas outras cidades trabalhadas pelo instituto. “A PercentBrasil realizou nessa reta final pesquisas quantitativas em oito cidades do estado de MT, e duas cidade do estado de Goiás , a Bom Jardim e Aparecida de Goiânia. Em nossa avaliação a empresa obteve 90% de acertos, onde apontou vitórias expressivas nas cidades de Barra do Garças, Poconé, Rosário Oeste, Alta Floresta, Aparecida de Goiânia e Bom Jardim de Goiás. No município de Rondonópolis apontamos empate técnico entre os três candidatos , onde a vitória ficou para Cláudio Ferreira (PL)”.
Ainda conforme o responsável pela Percent, novos métodos devem ser adotados, como deixar o entrevistado sem identificação. “A empresa pretende se adequar a modernidade, sistemas tecnológicos para a coleta de informação. São tantos fatores que nos fazem mudar as metodologias de coleta. A primeira é deixar o entrevistado no total anonimato, mesmo que as resoluções determinem conferências rigorosas e checagem de entrevistados, vamos deixar o eleitor mais a vontade, com coletas digitais, caso precisemos de refazer as modalidades presenciais, todo profissional terá um aparelho que entregará para o eleitor dar sua opinião, sem precisar informar qualquer dados pessoal, ou mesmo nenhuma informação direta ao entrevistador, tudo diretamente digitalizado. outro método a ser abordado para que tenhamos acertos mais precisos em grandes centros e capitais, é o aumento da amostragem, em Cuiabá principalmente. A Percent trabalha com 1.200 entrevistas presenciais, vamos adotar as coletas de forma híbrida , presencial e digital, com 5 mil amostras”, pontua.
Fonte: odocumento
