Refém resgatado de cativeiro do Hamas diz que recebia ameaças constantes de morte


Um dos quatro reféns resgatados pelo Exército israelense no mês passado, Andrey Kozlov, afirmou em entrevista ao canal 12 que seus guardas no cativeiro do Hamas o convenceram de que o matariam.

Kozlov foi resgatado junto a Almog Meir, de 21 anos, e Shlomi Ziv, de 40 anos, em uma operação das forças especiais israelenses, que invadiram o campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, e encontraram os reféns em casas de civis na região. Noa Argamani, de 26 anos, também foi resgatada em um prédio próximo na mesma operação.

Todos os três foram capturados no dia 7 de outubro no festival de música eletrônica SuperNova, onde terroristas massacraram mais de 360 ​​pessoas.

Andrey relatou que um homem com barba e sem bigode apareceu um dia no cativeiro e removeu a venda que ele era forçado a usar. O refém então foi informado de que ele seria filmado no dia seguinte para uma propaganda de guerra do Hamas e posteriormente morto por seu captor. “Eu pensei, então que ali seria o fim da minha história”, disse ao canal 12.

Kozlov afirmou que o medo de ser morto constantemente pesava sobre ele. Em seus relatos, ele explicou que seus captores sempre andavam com uma faca grande e ele estava frequentemente amarrado, o que aumentava seu receio de morrer a qualquer momento.

“Talvez em um minuto, talvez em uma hora, talvez em um dia, talvez em uma semana, você pode morrer”, disse ele, lembrando que tinha “muitos sentimentos terríveis e repugnantes todos os dias”.

Kozlov contou que seu tempo em cativeiro foi tão difícil emocionalmente que agora ele tem dificuldade de sentir qualquer coisa, mesmo após o resgate e o reencontro com a família. “Minha fonte de sentimentos está vazia. Agora, entendo tudo na minha mente, mas muitas coisas não sinto aqui”, disse ele, apontando para o coração.

Em outra entrevista ao Yedioth Ahronoth, o resgatado afirmou que os terroristas do Hamas diziam constantemente a ele e aos outros reféns que o governo israelense queria que eles morressem e que eles seriam mortos se as IDF tentassem resgatá-los.

Kozlov havia se mudado da Rússia para Israel cerca de 18 meses antes de 7 de outubro.

Fonte: gazetadopovo

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