Governador do RS cobra pacto federativo em meio à burocracia de recursos


O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), criticou nesta quarta-feira (3) a burocracia do governo federal para liberar recursos aos municípios gaúchos, que aguardam um orçamento em caixa para garantir a reconstrução da cidades, após a tragédia climática no Estado.

Leite participou da coletiva de imprensa sobre as reivindicações dos prefeitos que serão entregues ao presidente Lula.

Segundo Leite, o melhor caminho para desburocratizar o envio de recursos será por meio do pacto federativo. “O pacto federativo pressupõe uma premissa de solidariedade, porque é sabido e conhecido que várias unidades da Federação geram muito mais arrecadação do que recebem de volta da União, em investimentos federais. Neste momento, é o Rio Grande do Sul que clama para que a União dirija maiores esforços para sustentar uma unidade que está fragilizada”, declarou.

O governador agradeceu os recursos que já foram enviados, mas disse que “está muito longe do suficiente e das necessidades”. “Há muita burocracia e dificuldades para acessar os recursos obra e demandas extraordinárias. É necessário acelerar e melhorar os processos”, disse.

“Estamos tirando receitas que deveriam significar investimentos e estão significando cobertura de déficit de arrecadação. Isso não tá certo e não pode ser assim. A gente pede um esforço a mais para que o Rio Grande do Sul seja capaz de superar esse momento delicado e haja a recuperação por parte da União. Ela que deve prestar o socorro que até aqui não veio. Vejo sensibilidade, diálogo, mas falta decisão que é urgente e precisa ser pra já”, completou.

Dívida dos estados com a União 

Ao participar de um encontro com outros governadores e o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Eduardo Leite defendeu que a dívida do RS com a União seja considerada quitada.

Leite agradeceu as condições especiais que foram apresentadas pelo governo Lula, mas reforçou que o estado precisa de “um tratamento especialíssimo”, devido a crise econômica causada pela tragédia climática. 

“Já tem um atendimento agora diferenciado em relação à suspensão do pagamento da dívida. Mas que é importante mencionar não é perdão da dívida até aqui, né? E nós entendemos inclusive que deveríamos evoluir para que esses valores não pagos, que agora vão para um fundo de reconstrução, sejam considerados quitados”, afirmou.

O governador gaúcho ainda reforçou que “as perdas foram muito vultosas e continuam acontecendo na medida que a gente tem aeroporto fechado, estradas que ainda estão comprometidas”.

Fonte: gazetadopovo

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