Juiz afirma que coronel tem tratamento de saúde de “excelência” no 44º Batalhão e mantém prisão


O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, negou prisão domiciliar ao coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, apontado como financiador do assassinato do advogado Roberto Zampieri. A decisão é desta quinta-feira (13).

O advogado foi assassinado na noite de 5 de dezembro, quando deixava seu escritório no Bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.

A defesa de Caçadini entrou com um  habeas corpus na Justiça alegando “que foi constatado no denunciado a presença de troponina e que tal achado em seus exames é extremamente preocupante, pois o réu é pessoa idosa, tem problemas cardíacos além de registrar episódios de cólicas renais, decorrentes de nefrolitíase bilateral”.

Na decisão, o juiz citou que o Sistema Penitenciário fornece todo atendimento médico adequado e necessário ao acusado, ressaltando que ele faz todos os tratamentos e exames necessários para que, na medida do possível e diante de suas condições, tenha o essencial para a manutenção da saúde.

Além disso, ressaltou que ele está preso no 44.º Batalhão de Infantaria Motorizado, “que se comparado ao Sistema Prisional do Estado, talvez este não receberia todo o atendimento de excelência que está recebendo por ser Coronel”

Ainda na decisão, o juiz citou a gravidade do crime e a periculosidade do coronel, justificando a manutenção da prisão preventiva de Caçadini para garantia da ordem pública.

“Assim, sua conduta justifica, neste momento, a manutenção da prisão preventiva outrora decretada e o indeferimento da substituição pela prisão domiciliar”, decidiu.

Além do coronel, também são réus pelo crime e estão presos o empresário Hedilerson Fialho Martins Barbosa, acusado de ser o intermediário, e o pedreiro Antônio Gomes da Silva, que confessou ter atirado e matado a vítima.

Fonte: odocumento

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