Achado usado: Chevrolet S10 SS é versão esportiva mais cara que Montana


Hoje em dia, os carros usados têm se valorizado bastante, em especial os chamados “neo colecionáveis” como a rara picape Chevrolet S10 SS das imagens, importada no início dos anos 1990 para o Brasil. A versão esportiva da caminhonete foi fabricada nos Estados Unidos em 1994 — só com cabine simples —, e durou até 1998. No ano seguinte, ela cedeu o lugar para a S10 Xtreme, que foi comercializada também com a opção da cabine estendida.

O que a torna ainda mais especial nessa S10 SS vermelha maçã (Apple Red, como apontava o catálogo da época) é que ela faz parte de um total de menos de 1.700 unidades produzidas, só no ano de 1995. Segundo dados do fórum norte-americano dedicado à S10, o total de picapes soma 11.312 unidades, entre 1994 e 1998. Além da vermelha, a SS foi fabricada apenas nas cores preta Ônix (Onyx Black) e branca Summit (Summit White).

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Autoesporte a encontrou pelo site lartbr.com.br e, segundo consta no anúncio, o exemplar do ano-modelo 1994/1995 está se tornando cada vez mais desejado entre os colecionadores de caminhonetes. Em raro estado de conservação, o que chama a atenção são os detalhes que dão o charme ao modelo exclusivo. Entre eles, a suspensão esportiva rebaixada, para-choques traseiros embutidos, além de detalhes cosméticos como rodas de alumínio fundido de 15″, calotas centrais cromadas e a logomarca vermelha das gravatas-borboleta junto da grade e tampa traseira, junto à plaqueta de identificação “SS”.

Por dentro, prevalecem o revestimento cinza claro do couro e forrações de carpetes, portas e painel. A alavanca de mudanças de marchas fica posicionada na coluna de direção, bem ao estilo “american way of life”. O painel é bem completo e traz: velocímetro, conta-giros, voltímetro, indicadores de nível de combustível e pressão do óleo e temperatura da água do motor. Outra característica é o odômetro em milhas que acusa respeitosos 137.984, o que dá pouco mais de 222 mil km, ou a média de 7.655 km por ano, levando em conta que é um exemplar de quase 30 anos de fabricação.

Toda essa vitalidade vem do robusto motor Vortec (L35) V6 4.3 que, em conjunto ao câmbio automático (4L60E) de quatro velocidades, é capaz de proporcionar 198 cv de potência (disponíveis a partir das 4.500 rpm) e 36 kgfm de torque (a 3.600 giros). A tração, para a alegria dos mais puristas, é traseira com diferencial autoblocante (G80).

O preço pedido pela Chevrolet S10 SS é de R$ 130 mil, ou quase R$ 3 mil a mais em relação ao valor de uma Montana Premier 0 km.

Em meados de 1990, a Chevrolet fez inúmeras mudanças e atualizações na linha para competir com os recém-chegados modelos importados como a Ford Ranger. Para isso, lançou, em 1995, a S10, um utilitário que inaugurou o segmento das picapes médias fabricadas no Brasil. Vale lembrar que, nos EUA, a sua representante como a esportiva que abre este texto, pertence à divisão das “picapes compactas”.

Produzida na planta de São José dos Campos (SP), a caminhonete nacional chegou com “identidade própria” em comparação com anorte-americana, ainda que fossem bem parecidas. A principal mudança estava na frente: mais inclinada e com grade no formato trapezoidal e faróis maiores ao da S10 gringa. Para-choques e capô também eram novos, bem como o jogo de rodas com desenho próprio.

Além disso, chegou com cabine simples e motor 2.2 de 106 cv a partir das 4.800 rpm e 19,2 kgfm nos 3.400 giros, o mesmo usado no Omega. Além desse, no mesmo ano, surgiu a versão com o 2.5 turbodiesel com 95 cv (a 3.800 rpm) e 22,4 kgfm (a 1.800 rpm).

Já a partir do segundo ano de produção, a S10 passou a vir com motor 4.3 V6 a gasolina de 180 cv a 4.200 rpm e torque de 34,7 kgfm a 2.600 rpm, além de novas configurações de cabine estendida e dupla. Aliás, esta última, atualmente é a mais popular da linha, e a cabine simples só é vendida para frotistas ou empresas.

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Fonte: direitonews

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