A aprovação ao governo Jair Bolsonaro caiu entre pessoas que recebem o Auxílio Brasil, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (15).
No levantamento da semana passada, realizado nos dias 8 e 9 de setembro, 29% dos beneficiários avaliavam o governo como ótimo/bom. Na nova pesquisa, realizada de 13 a 15 de setembro, o percentual ficou em 25%, uma variação acima da margem de erro, que é de três pontos percentuais para o grupo de beneficiários.
O percentual de ruim/péssimo se manteve nos mesmos 42% da pesquisa anterior. A avaliação regular passou de 27% para 31%.
Entre pessoas que não recebem o auxílio, a avaliação de que o governo é ótimo ou bom se manteve em 32%. O percentual dos que consideram a gestão ruim ou péssima oscilou de 42% para 44%, dentro da margem. A avaliação regular foi de 25% para 24%.
Segundo o Datafolha, 23% dos entrevistados recebem ou moram com alguém que é beneficiário do Auxílio Brasil.
O Datafolha ouviu 5.926 eleitores em 300 cidades de terça (13) até quinta (15). A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou menos, considerando um intervalo de confiança de 95%.
Faltando pouco mais de duas semanas para o primeiro turno, a intenção de voto dos beneficiários no atual presidente passou de 29% para 26%. Votariam em Lula (PT) 57%, ante 56% na pesquisa anterior. Ou seja, a diferença entre os dois candidatos passou de 27 para 31 pontos percentuais.
Entre quem não recebe o auxílio, os percentuais oscilaram de 41% para 42% na opção Lula e de 36% para 35% em Bolsonaro.
O benefício social, reajustado às vésperas da campanha para R$ 600, era uma das principais apostas dos governistas para a eleição.
A pesquisa, contratada pela Folha e TV Globo, foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-04099/2022.
O levantamento também mostra que, entre quem recebe o Auxílio Brasil 17% sempre confiam, 27% às vezes confiam e 54% nunca confiam nas declarações de Bolsonaro. Entre os demais eleitores, aqueles que não são beneficiários, os percentuais são de 22%, 27% e 50%, respectivamente. Ou seja, o presidente tem uma performance melhor entre as pessoas deste segundo grupo.