O presidente do Equador, Daniel
Noboa, obteve o apoio dos eleitores em nove das 11 perguntas propostas por seu
governo no referendo realizado neste domingo (21), de acordo com a contagem
rápida realizada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
A contagem rápida do CNE – que
consulta as atas de votação de uma amostra de seções eleitorais – tem uma
margem de erro de 1%. Neste momento a apuração dos votos do referendo está em
30%.
Segundo a contagem rápida, as
duas únicas perguntas em que Noboa não obteve maioria popular foram as
relacionadas à aceitação da arbitragem internacional em qualquer jurisdição e à
possibilidade de contratos de trabalho por hora, nas quais o “Não”
prevaleceu com 64,88% e 68,83% dos votos, conforme disse a presidente do CNE,
Diana Atamaint.
No restante das perguntas, que
estão basicamente relacionadas a questões de segurança, o “Sim”
obteve mais de 60% dos votos.
Cerca de 73,05% dos equatorianos
que votaram no domingo aprovaram a participação das Forças Armadas em apoio à
polícia em questões de segurança, e 65,11% apoiaram a extradição de cidadãos
equatorianos que cometeram crimes em outros países.
Além disso, 60,49% aceitaram a
criação de tribunais especializados em assuntos constitucionais, 70,72%
apoiaram que as Forças Armadas controlem os acessos às prisões, e 68,23%
concordaram com o aumento das penas para crimes ligados ao crime organizado, como
terrorismo e seu financiamento, e tráfico de pessoas, entre outros.
Noboa também obteve o apoio de
67,69% para que os detentos condenados por crimes ligados ao crime organizado
cumpram integralmente suas penas de prisão, e 64,66% concordaram que a posse e
o porte de armas de uso exclusivo das forças da lei e da ordem deveriam ser
considerados crime (essa pergunta não afeta as armas que os civis estão
autorizados a possuir).
Além disso, 64,80% disseram
“Sim” para que as armas e munições confiscadas por crimes sejam
usadas pela polícia e pelas Forças Armadas, e 61,97% apoiaram a simplificação
dos procedimentos para que os bens de origem ilícita se tornem propriedade do
Estado.
O referendo sobre segurança
ocorre no momento em que o Equador está enfrentando ativamente a atuação do
crime organizado no país através de um decreto de conflito armado interno.
No domingo, ainda sem citar qualquer levantamento sobre os
resultados, Noboa disse que agora seu governo teria “mais ferramentas para
combater o crime”.
“Defendemos o país, agora teremos mais ferramentas para combater o crime e devolver a paz às famílias equatorianas”, escreveu o presidente em seu Instagram. (Com Agência EFE)
Fonte: gazetadopovo