O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (27) que a inflação é um “imposto perverso que onera quem não pode se defender dela”. Ele também disse que a autoridade monetária não é culpada pelo aumento dos preços, mas que o governo tem um papel importante no combate à inflação.
“A inflação é um fenômeno gerado por um desequilíbrio macroeconômico que tem várias variáveis, inclusive a parte de percepção de risco em relação à capacidade do governo de cumprir suas dívidas”, disse Campos Neto, durante participação em audiência pública na Câmara.
“Quem determina a meta de inflação é o governo. O nosso trabalho, no BC, é operacional de perseguir a meta que o governo determina. Recentemente, houve uma mudança na meta para uma meta contínua, em vez da meta de ano-calendário”, disse Campos Neto.
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O presidente do BC afirmou que, sozinho, não consegue mudar a política monetária, pois é apenas um voto entre nove no Comitê de Política Monetária (Copom). “Na reunião que foi decidido cair os juros, o meu voto foi o de desempate para cair mais. Grande parte do colegiado não queria cair os juros em 0,50 p.p”, disse.
Campos Neto comparou a situação econômica do Brasil com a da Argentina, que enfrenta uma inflação galopante. “Alguns países preferiram não seguir o regime de autonomia do BC. A Argentina é um exemplo claro e mais recente”, disse. “A gente vê o que aconteceu com a moeda na Argentina quando a autonomia do BC e o sistema de metas foram abandonados.”
O presidente do BC defendeu a autonomia do Banco Central e o sistema de metas para a inflação. “Esses instrumentos são fundamentais para o controle da inflação e para a estabilidade econômica”, disse.
Fonte: gazetabrasil