Luz da injeção acesa ou piscando: descubra o significado e saiba o que fazer


Quem tem carro já sabe: é preciso ficar alerta aos sinais de problemas que, muitas vezes, aparecem no painel de instrumentos, bem à frente do motorista. As luzes normalmente seguem um padrão de cores, sendo as amarelas e vermelhas as mais graves. Existe uma, porém, que é a mais comum de acender: a luz da injeção. Amarela, pode tanto ficar acesa ininterruptamente como também ficar piscando. Isso depende do carro.

Para identificá-la, procure o manual de instruções do carro. Normalmente tem o formato de um motor e fica bem chamativa no painel enquanto ligada. Mas o que significa a luz da injeção acesa ou piscando?

Quando ela aparece, é um alerta de que existe algum problema no motor do carro, que é comandado pelo sistema de injeção eletrônica. Este equipamento já existe há muito tempo, desde que as fabricantes abandonaram o uso do carburador.

Portanto, quando alguma falha aparece, o sinal é enviado para a central eletrônica do carro, que faz com que a luz se acenda ou pisque, como na foto abaixo, por exemplo.

Segundo Erwin Franieck, diretor do Instituto SAE4Mobility, as falhas podem ser diversas. “Pode ser uma falha elétrica nos conectores, pode ser uma deficiência de algum atuador ou sensor, que por testes de plausibilidade mostram que algo está errado e registra no sistema de diagnose códigos de falhas que podem ser interpretados pela oficina autorizada”, explica.

A falha também pode ser mau contato em sensores espalhados pelo carro, que vão desde a injeção até o sistema de escapamento, como a sonda lambda, equipamento que mede a mistura que sai pela exaustão do motor.

É comum também que a luz da injeção fique acesa após o abastecimento. Neste caso, pode ser sinal de combustível adulterado ou de má qualidade. Além de visitar o mecânico, o indicado é evitar voltar a abastecer no mesmo estabelecimento.

Com o combustível adulterado, quem acusa a falha é novamente a sonda lambda, que detecta que a gasolina ou o etanol não foi queimado de forma adequada. Caso o motorista não troque o combustível, poderá acontecer falhas mais graves.

Para Franieck, a resposta é sim. Principalmente se o motorista não souber qual é realmente a falha apresentada. “Se não souber a causa, melhor ir direto para a oficina”, afirma. “Ou, se perceber algo errado no uso do veículo, desligue no local seguro mais próximo e chame seu mecânico para passar o diagnóstico”.

O especialista lembra, porém, que sempre pode existir a possibilidade de um erro de leitura que faz com que a luz de injeção se acenda sem motivo. De qualquer forma, isso será avisado quando o mecânico fizer a leitura do sistema eletrônico do carro com um equipamento adequado.

“Às vezes desligando e ligando o veículo a falha some. Neste caso, pode continuar usando o veículo, porém alerte seu mecânico, pois a falha ficou registrada na memória da ECU [central eletrônica do motor]”, informa.

Vale lembrar que a luz da injeção sempre vai se acender no momento da partida do carro. Ela faz parte da leitura que a central eletrônica faz sempre que o motor é ligado. O normal, no entanto, é que ela se apague com o propulsor já funcionando.

Após levar o carro ao mecânico e achar qual o problema fez com que ela se acendesse, o normal é que ela apague sozinha com a falha solucionada, explica Franieck.

Em outros casos, segundo ele, a luz vai ficar acesa. Um dos exemplos são carros convertidos para usar o GNV (gás natural veicular), onde uma falha de leitura da injeção causada pela adaptação faz com que o aviso fique no painel de forma definitiva.

Quando a luz da injeção se acende, o motor pode entrar em modo de emergência. Isso vai depender da programação feita pelo fabricante. Em alguns casos, a rotação e a velocidade ficam limitadas até que o diagnóstico seja feito.

E algumas marcas são mais comuns que a luz da injeção se acenda. Proprietários de carros da Chevrolet, por exemplo, são mais acostumados e ver o aviso no painel. Isso também acontece com Volkswagen Gol, Hyundai HB20 e Ford Fiesta.

“Existem filosofias diferentes para definir o momento de alertar o usuário para seguir para a oficina”, explica Franieck. Para o especialista, às vezes uma indicação suspeita pode gerar idas a oficinas sem necessidade. “Algumas montadoras optam por indicar somente com certeza absoluta que existe um problema. Para outras, com erros de plausibilidade, já acendem a lâmpada para evitar qualquer risco, mas incomodando o cliente”, diz.

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Fonte: direitonews

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