Semifinal da Libertadores opõe Abel e Felipão, os 2 maiores técnicos do Palmeiras


Semifinal da Libertadores opõe Abel e Felipão, os 2 maiores técnicos do Palmeiras

Abel Ferreira e Luiz Felipe Scolari figuram como os maiores treinadores da história do Palmeiras. Há os que discordem disso, mas o fato é que, na Libertadores, os números não mentem: os dois são os principais técnicos do clube alviverde. Nesta terça-feira, às 21h30, eles se enfrentam na Arena da Baixada, em Curitiba, pelo jogo de ida das semifinais. O Athletico-PR tenta voltar à final da competição continental após 17 anos e o atual campeão joga disposto a avançar pelo terceiro ano seguido à decisão continental.


Os números são incontestáveis na mensuração da grandeza de Felipão e Abel porque são eles os técnicos que venceram a Libertadores pelo Palmeiras. O veterano treinador conduziu o time à primeira conquista, em 1999, e o português foi responsável pelos dois últimos títulos, em 2020 e 2021.

São eles também os técnicos com mais jogos e vitórias pelo clube paulista na Libertadores. Felipão treinou o time em 43 partidas, com 23 triunfos. Abel esteve na área técnica em 27 duelos e saiu vencedor 20 vezes. A última derrota do português no torneio já tem mais de um ano. Foi para o Defensa Y Justicia, da Argentina, em maio de 2021. Ele fez a equipe ostentar a impressionante marca de 18 partidas seguidas sem derrota no certame sul-americano.

Os dois se enfrentaram apenas uma vez. Foi em junho passado, pela rodada do Brasileirão, ocasião em que Athletico-PR de Felipão levou a melhor, com vitória por 2 a 0. Antes daquela partida, os dois se abraçaram. Eles são amigos e trocam elogios com frequência. O veterano chegou a dizer, antes da disputa do Mundial de Clubes, no início deste ano, que o português é o maior técnico da história do Palmeiras.

Cabe lembrar que existe uma boa – e antiga – relação entre eles. Foi Felipão quem deu uma chance para Abel na seleção portuguesa ao convocar o então lateral-direito em 2008 para um período de treinos.

Contudo, a amizade terá de ficar em segundo plano porque está em jogo a classificação para a final do torneio mais importante do continente. Ambos têm duas taças cada e querem a terceira.

“As duas equipes podem ganhar. Vamos ter de estar alertas, preparados, a eliminatória vai requerer de nós o máximo”, afirmou o treinador do Palmeiras. Pragmático, ele entende que não há favorito. “O negócio se resolve dentro das quatro linhas”.

Felipão havia dito que, contra o Palmeiras, um clube pelo qual tem tanto carinho, “seja o que Deus quiser”. Atualizou sua fala com elogios ao time de Abel, diante do qual seu Athletico terá de ser “heroico” para ir à decisão.

“Vamos ter que ser heroicos nossos dois jogos para podermos superá-los e irmos a uma final”, disse o treinador da equipe paranaense, à espera de um jogo equilibrado. “Conhecendo como conheço o Palmeiras, a sua forma de trabalhar, seus conceitos através do Abel e do seu grupo, que são muito fortes, a gente vai ter que jogar muito bem”, acrescentou o comandante que mais vezes chegou a semifinais de Libertadores (seis).

Encontro inédito

O confronto é inédito pela Libertadores, mas os dois decidiram a última Recopa Sul-Americana em março deste ano. Na oportunidade, o Palmeiras ergueu o troféu após empate em 2 a 2 em Curitiba e vitória por 2 a 0 no Allianz Parque.

Atual bicampeão, o Palmeiras tem o melhor ataque da competição com 35 gols anotados e não perdeu ainda nesta edição. Além disso, detém o recorde de 20 partidas sem derrota fora de casa. Busca o tri consecutivo e o tetra no geral.

Os ex-athleticanos e hoje palmeirenses Rony e Raphael Veiga brigam pela artilharia do torneio, com sete e seis tentos respectivamente. O camisa 10, aliás, é o maior goleador da história palmeirense na Libertadores, com 16 gols. Quanto à escalação, Danilo e Gustavo Scarpa estão suspensos em decorrência das expulsões contra o Atlético-MG. Gabriel Menino e “Flaco” Lopez devem ser os substitutos.

O Athletico-PR joga a semifinais apenas pela segunda vez na história. A outra foi em 2005, quando chegou à final, mas acabou perdendo a taça para o São Paulo. O experiente volante Fernandinho esteve naquele duelo e agora tem a oportunidade de levar o time paranaense a mais uma decisão após 17 anos.

Anteriores MP denuncia Bruno Krupp por estelionato envolvendo mais de R$ 400 mil
Próxima Mídia: Grécia quer forçar Turquia a entrar em conflito com restantes países da OTAN