O empreendedor João Paulo Albuquerque sempre foi admirador de uma boa festa. Para se divertir, era comum que frequentasse baladas noturnas com amigos em busca de música ao vivo e bons drinks. Fã de música sertaneja, porém, Albuquerque raramente conseguia encontrar lugares que oferecessem um ambiente mais otimista, sem cara de “balada”, e que ao mesmo tempo tocassem o estilo musical.
Morador da cidade de Londrina, no Paraná, ele se acostumou ao cenário interiorano que exigia esforços maiores para esse tipo de lazer. Um simples ida a um bar não raro se tornava uma maratona grandiosa com problemas que vão desde a falta de vagas no estacionamento até a demora no atendimento de garçons, tendo em vista a alta demanda de pedidos em noites badaladas em grandes casas noturnas.
O incômodo pessoal levou Albuquerque a estudar o mercado de maneira mais aprofundada. A oportunidade era clara: um negócio capaz de atender ao público sertanejo, até então desassistido de experiências em menor escala, tinha tudo para dar certo.
Assine a EMPREENDA e receba, gratuitamente, uma série de conteúdos que vão te ajudar a impulsionar o seu negócio.
Como surgiu o negócio
Assim nascia, em 2014, a Folks Pub, rede de bares sertanejos que aposta no modelo de pubs, tradicional modelo de bar inglês de música ao vivo e com artistas locais. “Como lar do sertanejo e sertanejo universitário, Londrina deveria ser a casa desse negócio”, conta. “Não somos bar e nem balada, mas um bar-balada. Estamos no meio termo disso tudo”, diz.
Oito anos e algumas cidades depois, a ideia foi adaptada ao mercado de franquias, adotado pela empresa oficialmente em meados de 2022. Atualmente, a rede tem 15 unidades nas cidades paranaenses de Foz do Iguaçu, Curitiba, além de Sorocaba, Campinas, São Paulo, Mogi das Cruzes e São Bernardo do Campo, em São Paulo; Goiânia (GO) e Uberlândia (MG).
Quais são os diferenciais
A proposta da Folks Pub é ser um mix dos padrões dos pubs britânicos e das baladas brasileiras. Em um ambiente rústico com móveis de madeira e pequenos palcos para apresentações musicais, os frequentadores imergem em um cenário de filme de velho oeste. No cardápio estão cervejas, petiscos e drinques autorais.
O foco, desde o início, estava na qualidade de atendimento e na experiência dos frequentadores. “Queremos encantar o cliente desde o momento em que ele chega. Somos como a Disney do sertanejo”, diz.
Em 2022, o faturamento da rede foi de 35 milhões de reais, o dobro do ano de 2021.
Quais são os planos
Para este ano, a ambição da Folks é a de lançar novos modelos de franquia para cidades de menor porte. Em fevereiro, a marca lançou o “Buteco Folks”, estabelecimentos menores e que requerem menor investimento de novos franqueados.
Com o boteco, a Folks pretende ajudar empreendedores na padronização da gestão do negócio. Os esforços incluem:
- Padronização do cardápio, com atualização constantes e renovações que consideram as sazonalidades de matérias-primas;
- Análise do mix de produtos, como drinques e petiscos, de acordo com as preferências do público;
- Gestão de marketing, com uma plataforma na qual franqueados podem criar suas próprias campanhas digitais de forma automática.
O foco, neste último caso, está na divulgação das redes sociais, até então deixadas de lado por empreendedores de cidades de menor porte. A Folks fica a cargo da gestão de todas redes sociais das unidades, além da inteligência de marketing – como a gestão de leads, no jargão mais comum do setor.“Vamos investir 500 mil reais na expansão dos nossos botecos”, diz.
Até o final de 2023, a estimativa da Folks é ter 50 franquias, entre pubs e botecos, em funcionamento, e um faturamento de 85 milhões de reais. Em cinco anos, a meta é chegar a 1.000 unidades.
Parte desse crescimento estará embasado na retomada do setor de eventos, avalia Albuquerque.
Fonte: exame