Tal foi sua curva de aprendizado na Mercedes na última temporada para George Russell, que o britânico afirmou que em alguns momentos se sentiu quase um novato na Fórmula 1.
No ano passado, Russell conquistou um dos lugares mais cobiçados do grid da F1, com o britânico substituindo Valtteri Bottas como companheiro de equipe de Lewis Hamilton.
Mas passar da Williams, para a grande Mercedes, foi um enorme salto à frente na carreira de Russell, que apesar dos problemas do W13, conquistou a única vitória da equipe em 2022, e a sua primeira na F1, no GP de São Paulo.
“Em alguns aspectos, quase me senti um novato por causa do nível em que essa equipe trabalha, estamos falando de coisas sobre as quais nunca falei antes na Fórmula 1”, disse Russell ao Autosport. “Então, levei algum tempo para entender, quais são os processos da equipe durante um fim de semana de corrida, como posso tornar o carro mais rápido em termos de acerto, e é por isso que me senti um pouco novato no início. da temporada.”
Mas não se tratou apenas de aprender os processos da equipe, havia também algumas lições valiosas na pista. Embora Russell tenha sido uma das estrelas de 2022, abrindo a temporada com nove resultados entre os cinco primeiros, houve alguns erros no final da temporada.
À medida que a Mercedes começou a melhorar, e ser capaz de desenvolver o carro, Russell admite que se viu forçando demais algumas vezes.
Isso levou ao confronto com Carlos Sainz no início do GP dos EUA, que forçou o abandono de Sainz, bem como um erro na qualificação no México que lhe custou a chance da pole position.
“Sim”, disse ele quando perguntado se havia pressionado demais nesses casos. “Acho que, em última análise, tudo se resume à experiência.”
“Nesse esporte, você tem que deixar as coisas fluírem. Você quer pilotar o carro agressivamente, mas às vezes esse não é o caminho mais rápido. Como eu disse, tudo se resume à experiência.”
Russell admite que tanto no México quanto em Austin, os erros foram apenas dele mesmo. Enquanto no México ele pressionou demais tentando compensar um pequeno erro, no Circuito das Américas ele classificou seu erro como um ‘erro de julgamento’.
“Eu sabia que no México, naquela volta para a pole, cometi um pequeno erro, então me esforcei para recuperar o tempo perdido. Mas era inevitável que eu estragasse a volta, porque estava tentando ir o mais rápido possível de qualquer maneira.”
“Austin, não acho que estava necessariamente tentando muito, acho que foi apenas lamentável, um pouco de erro de julgamento. Entrei na curva e esperava que Carlos (Sainz) atacasse por fora, mas ele cortou por dentro e aí já era tarde.”
“Mas, novamente, eu estava tentando ultrapassar esses limites e voltei a me sentir quase um novato em alguns aspectos, pois eu estava correndo na frente pela primeira vez. É uma história totalmente diferente comparada a quando você está correndo atrás”, disse Russell.
“Como você aborda a curva 1 é totalmente diferente. Quando você tem poucos carros à sua frente, em vez do efeito sanfona de quinze carros à sua frente.”
“Há muito mais ar sujo quando você está atrás de quinze carros, em comparação com quando está atrás de três carros. Passei três anos correndo atrás. Você aprende essas pequenas singularidades de estar lá, da mesma forma que aprendi como é estar na defesa”, concluiu Russell.