Zelensky: Netanyahu terá que escolher entre ‘relações com Putin’ ou vínculo histórico Israel-Ucrânia


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O líder indicou que o primeiro-ministro designado, Benjamin Netanyahu, precisará escolher se deseja manter boas relações com Kiev ou Moscou, segundo o The Times of Israel.
“Se ele apenas deseja manter suas relações pessoais com o presidente Putin, é claro que pode continuar fazendo o que vem fazendo, mas se ele quiser manter a relação histórica entre Israel e o povo ucraniano, acho que você precisa fazer o que puder para salvar o maior número possível de pessoas”, afirmou Zelensky segundo a mídia.
O presidente disse que continua esperando por assistência de defesa substancial do Estado judeu e citou o suposto uso russo de drones de ataque iranianos para atingir a infraestrutura ucraniana.
“É claro que estamos esperando o apoio de Israel para o nosso país. Ele [Netanyahu] sabe disso muito bem, conhece todos os detalhes e certamente pode nos ajudar com os sistemas de defesa aérea”, declarou.
Zelensky também contou que falou por telefone com Netanyahu depois que seu partido conquistou a maioria das cadeiras do Knesset na eleição de 1º de novembro. Após a ligação, o líder ucraniano disse que Netanyahu concordou em fornecer sistemas de defesa aérea à Ucrânia.
O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, participa de uma entrevista coletiva após a Cúpula na da Plataforma da Crimeia - Sputnik Brasil, 1920, 24.09.2022

Entretanto, ainda não está claro se o ex-premiê mudará de opinião sobre o conflito quando assumir o cargo novamente, uma vez que a recusa de Tel Aviv em enviar armas é vista como uma tentativa de Jerusalém de manter laços de trabalho com Moscou, devido ao controle russo do espaço aéreo sírio.
No passado, Netanyahu se gabou de ter laços estreitos com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e apresentou o líder russo em materiais de campanha durante as eleições anteriores, relata a mídia.
No entanto, recentemente soou mais crítico depois de inicialmente acusar o governo cessante de prejudicar os laços com Moscou, dizendo no mês passado que esperava que Putin estivesse “tendo dúvidas” desde que começou a operação russa na Ucrânia.
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