Xiaomi SU7 tem mais da metade dos pedidos cancelados; entenda o motivo


A estreia da Xiaomi no mercado automotivo está sendo marcada por reviravoltas. Em março, a empresa lançou seu primeiro carro, o sedã elétrico SU7, que teve quase 90 mil pedidos em apenas 24 horas. Entretanto, de acordo com a imprensa chinesa, cerca de 55% das vendas foram canceladas.

Alguns motivos explicam o fenômeno. O primeiro deles é a demora na entrega. O prazo máximo para receber o modelo é de 31 semanas. Ou seja, até sete meses de espera para ter o carro na garagem.

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A produção da fábrica da Xiaomi em Pequim, na China, não está dando conta do alvoroço que o foi o lançamento do SU7, disponível em três configurações. Segundo o site Car News China, a empresa produz apenas 300 carros diariamente. O número com certeza não é capaz de entregar os cerca de 40.000 pedidos atuais rapidamente.

O presidente da Xiaomi, Lei Jun, havia confirmado que a capacidade de produção seria de até 5.000 veículos em abril, aumentando gradativamente até atingir a faixa de 6.000 unidades por mês. Entretanto, a fabricante parece estar enfrentando problemas de logística e busca alternativas para preencher a escala.

Cabe lembrar que executivos dizem que a capacidade máxima de produção no local é de 150 mil carros por ano. Entretanto, a construção da segunda fase da fábrica, prevista para iniciar em 2025, vai fazer o número dobrar, chegando a 300 mil unidades.

Outro motivo que pode interferir na onda de cancelamentos é que diversas unidades do SU7 estão se envolvendo em acidentes. O sedã elétrico já está disponível para test-drive em mais de 28 cidades da China. Desde o início da fase de testes com consumidores, os relatos negativos começaram a surgir.

Em um dos registros, o Xiaomi SU7 aparece “patinando” na em uma avenida. O motorista em questão perde o controle do veículo e bate na parede lateral. Outra publicação mostra o sedã com suspensão de ar defeituosa, o que deixou o carro rebaixado.

Vale lembrar que o Xiaomi SU7 tem tabela inicial de 215.900 yuans na versão de entrada, sem sobrenome. O preço equivale a R$ 156.320 na conversão direta e sem impostos. Em seguida, vem a intermediária Pro por 245.900 yuans (R$ 178.000 aproximadamente). Por fim, a configuração topo de linha é a Max, disponível pelo preço de 299 mil yuans, cerca de R$ 216.490.

Por fim, a terceira razão é que, logo após apresentar o SU7, a Xiaomi divulgou que vai lançar um SUV em breve. O modelo também será elétrico e feito sobre a mesma plataforma do sedã. O carro está previsto para chegar ao mercado até o último trimestre do ano.

A estratégia de anunciar o lançamento de outro veículo durante a estreia do SU7 não foi uma boa escolha. Isso porque a jogada pode ter atrapalhado as vendas do sedã. Até o momento, a Xiaomi não deu mais detalhes de como será o SUV e não cravou uma data de estreia. No entanto, deve acontecer em breve.

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Fonte: direitonews

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