O carro elétrico da Xiaomi se tornou um fenômeno na China. No mercado local, o SU7 emplacou 162.384 unidades desde abril de 2024, quando foi lançado oficialmente. Já o Tesla Model 3, que até então ocupava o posto de queridinho dos consumidores do país asiático, emplacou 152.748 unidades.
Portanto, a Xiaomi precisou de apenas 10 meses para desbancar sua principal rival na China, comprovando que o ‘hype’ em torno do SU7 antes de seu lançamento era verdadeiro. O novo modelo elétrico manteve números consistentes durante o ano, emplacando 30 mil unidades entre abril e junho do ano passado. Vale frisar que, mesmo em janeiro de 2025, a procura ainda não caiu — o que tem sido comum no segmento.
Durante o período de pré-venda, o sedã elétrico teve mais de 90 mil reservas em apenas 24 horas. Tudo apontava para um sucesso meteórico. Entretanto, 55% dos pedidos foram cancelados nas semanas seguintes, o que surpreendeu a Xiaomi. Os bons resultados, com certeza, devem ter sido recebidos com alívio na empresa, famosa pelos celulares, notebooks e outros eletrônicos.
Além disso, críticas positivas de CEOs de companhias rivais também serviram para dar aquela forcinha nas vendas do SU7. O sedã, primeira e grande aposta da marca de eletrônicos no universo automotivo, virou o xodó de Jim Farley, chefão da Ford, que teceu inúmeros elogios ao modelo.
O moderno sedã da Xiaomi lembra o Porsche Taycan com pegada cupê. Ostenta 4,99 metros de comprimento, 1,96 m de largura, 1,45 m de altura e 3 m de entre-eixos. Ou seja, é maior que o Tesla Model 3 em todas as dimensões. O SU7 tem um “frunk” (compartimeto dianteiro) de 105 litros e também pode levar 518 l no compartimento traseiro.
A cabine se destaca pela grande central multimídia de 16,1 polegadas com resolução 3K. Traz o mesmo sistema Xiaomi utilizado nos celulares da marca. A lista de assistências inclui pacote ADAS completo e sistemas inteligentes de automação.
O Xiaomi SU7 tem três configurações disponíveis no mercado chinês, todas equipadas com baterias Blade da BYD. Na versão Standard, tem bateria de 73,5 kWh e desenvolve 295 cv e 40,8 kgfm. Em ciclo chinês, tem 700 km de autonomia.
A versão intermediária Pro tem o mesmo propulsor da configuração de entrada, mas a bateria é de 94,3 kWh, proporcionando 830 km de autonomia. É o maior alcance em toda a gama. Por fim, a versão Max tem dois motores elétricos instalados nos eixos dianteiro e traseiro, entregando 663 cv e 85,5 kgfm. A bateria é da CATL, com 101 kWh de capacidade. Além da autonomia de 800 km, o sedã surpreende ao acelerar de zero a 100 km/h em 2,7 segundos.
O Xiaomi SU7 está disponível na China em três versões com preços que partem de 215.900 yuans e chegam a 299.900 yuans. Ou seja, algo em torno de R$ 150 mil e R$ 210 mil, respectivamente. Desta forma, chega a ser mais barato que o rival direto, o Tesla Model 3, disponível por 245.900 yuans (cerca de R$ 170 mil).
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Fonte: direitonews