WP: conflito na Ucrânia expõe uma ‘profunda divisão global’ e os limites da influência americana


A edição afirma que o conflito expôs uma profunda divisão global e os limites da influência americana sobre uma ordem mundial em rápida mudança.
“Abundam as evidências de que o esforço para isolar Putin falhou, e não apenas entre os aliados da Rússia, dos quais se poderia esperar que apoiariam Moscou, tais como a China e o Irã”, diz.
Assim, é referido que a Índia anunciou na semana passada que seu comércio com a Rússia cresceu 400% desde o início da operação. Apenas nas últimas seis semanas, o ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov foi recebido em nove países da África e do Oriente Médio.
Placa do prédio do Ministério das Relações Exteriores russo, em Moscou - Sputnik Brasil, 1920, 23.02.2023

Menciona-se também que, na sexta-feira (24), a Marinha sul-africana vai participar de exercícios militares com a Rússia e a China no oceano Índico, enviando um poderoso sinal de solidariedade.
O autor argumenta que a opinião pública em países africanos e na Índia está menos preocupada com o conflito na Ucrânia do que com as atuais e históricas queixas em relação aos países ocidentais pelo colonialismo, pela arrogância e pela falha do Ocidente em alocar tantos recursos para resolver conflitos e violações dos direitos humanos em outras partes do mundo.
Os mecânicos da força aérea francesa da Operação Barkhane fazem manutenção de caça Mirage 2000 em Niamey, base no Níger, em 5 de junho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 05.02.2023

O artigo também aponta que os próprios países ocidentais travaram mais de uma guerra longe de suas fronteiras, que custaram muitas vidas, mas sempre encontraram justificações para fazer isso.
Em particular, se recorda o apoio dos EUA às ditaduras durante a Guerra Fria, o bombardeio da Sérvia pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a Guerra do Iraque.
“Quando a América entrou no Iraque, quando a América entrou na Líbia, eles tinham suas próprias justificativas em que nós não acreditamos, e agora eles estão tentando virar o mundo contra a Rússia. Isso também é inaceitável”, disse o apresentador da rádio sul-africana Radio 702 Clement Manyathela.
O presidente russo, Vladimir Putin (à direita), ouve o então presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião no Kremlin, em Moscou, em 18 de outubro de 2005 - Sputnik Brasil, 1920, 14.02.2023

“Isso não é uma batalha entre liberdade e ditadura, como Biden frequentemente sugere”, disse William Gumede, fundador da organização Democracy Works Foundation em Joanesburgo, que promove a democracia na África.
Ele apontou a recusa da África do Sul, da Índia e do Brasil em aderir à coalizão global de Biden.
Salienta-se, entretanto, que apesar dos esforços ocidentais para atribuir a inflação global e a crise alimentar à operação russa a maioria dos países em todo o mundo culpa o Ocidente pelas sanções que provocaram isso.
A Rússia declarou repetidamente que o país vai enfrentar a pressão das sanções que o Ocidente começou a impor à Rússia há vários anos e continua a intensificar.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou anteriormente que os acontecimentos atuais sublinham o domínio global do Ocidente, tanto na política quanto na economia. Segundo ele, a Rússia não pretende se isolar e não pode ser completamente isolada no mundo de hoje.

Fonte: sputniknewsbrasil

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