World Economic Forum (WEF) publica artigo sobre as iniciativas do Brasil para uma transição do setor pecuário para um modelo mais sustentável


Depois de debater a sustentabilidade e a rastreabilidade da pecuária, na proteção de florestas tropicais no Brasil, e a transição do setor, no Fórum sobre Florestas Tropicais de Oslo (OTFF), em junho deste ano, para um público de líderes mundiais de governos e da sociedade civil, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), novamente, leva o assunto à reflexão global, desta vez, em um artigo, em conjunto com o Agroicone, publicado na segunda-feira (12), no site do World Economic Forum (Fórum Econômico Mundial).

O WEF é conhecido por reunir líderes empresariais, políticos, acadêmicos e outras figuras influentes de todo o mundo para discutir e debater questões econômicas, sociais e ambientais. Com sede na Suíça, ele é a instituição responsável pelo fórum de Davos, um dos mais importantes em seu gênero. A presença nesses foros integra o pilar da Sustentabilidade no projeto Brazilian Beef, fruto da parceria da Abiec com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), para promoção da carne brasileira no mercado mundial.

No artigo, assinado pelo diretor de Sustentabilidade da Abiec, Fernando Sampaio, e pela sócia-gerente do Agroicone, Laura Harfuch, os autores evidenciam os desafios do Brasil – líder em exportação de carne bovina no mundo – em fazer transição da produção de gado para um modelo mais sustentável, sem comprometer o seu importante papel na segurança alimentar.

O texto destaca ações já em andamento, como os acordos com o Ministério Público Federal e o protocolo do Boi na Linha, e compromissos voluntários para redução do desmatamento por grandes empresas, viabilizados por meio de iniciativas como o Protocolo do Cerrado, que envolve grandes exportadores de carne bovina do Brasil adotando, espontaneamente, novos critérios para a compra de gado no bioma cerrado. Outro exemplo é o Programa de Integridade do Gado do Pará, que, até 2026, vai concluir a meta de rastreabilidade total do seu rebanho bovino, que contabiliza cerca de 26 milhões de cabeças.

Para Fernando Sampaio, ocupar espaços editoriais como este e participar das conferências internacionais tem sido fundamental para a imagem do setor. “A visibilidade que as conferências e artigos como este propicia entre públicos estratégicos é muito importante. Ainda há um longo caminho na mudança de percepção sobre a pecuária no Brasil, que hoje associa o boi ao desmatamento da Amazônia, mas a sociedade precisa entender que o setor está tentando melhorar e trabalhando seriamente para isso”, diz Sampaio, que reforça a necessidade da união entre iniciativa privada, governos e sociedade civil, com políticas públicas que tornem exequíveis a implementação de ações que contribuam para esta mudança.

Como exemplo da relevância da união para a obtenção de resultados positivos na forma como a carne bovina brasileira é percebida, Fernando Sampaio cita o trabalho conjunto entre a indústria, representada pela Abiec, e o Governo Federal, através da ApexBrasil.  “A sustentabilidade tem um grande peso e fundamenta o projeto Brazilian Beef. Dentro dele, foi planejada uma série de ações – como a participação no Fórum de Florestas Tropicais de Oslo, que ensejou a publicação no site do World Economic Forum – para mostrar ao mundo que existe um esforço coletivo de setor privado e de governo no sentido de fazer a transição para um modelo de cadeia produtiva mais sustentável. Isso impacta positivamente a imagem que nosso produto tem no exterior”, concluiu Sampaio.”, concluiu Sampaio.

Fonte: noticiasagricolas

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