O Volkswagen Polo de sexta geração foi lançado no Brasil em setembro de 2017 para ocupar o espaço que existia entre o compacto Gol e o médio Golf no portfólio de hatches da marca alemã na época – esses dois modelos saíram de linha em 2022 e 2020, respectivamente, o que ajudou a consolidar o Polo como o principal hatchback da Volkswagen no mercado brasileiro nos últimos anos.
Desde o seu lançamento, o Polo é fabricado em São Bernardo do Campo (SP). Mas, a partir de 2022, a atual versão de entrada Track começou a ser feita na fábrica de Taubaté (SP) para ocupar o espaço na linha de produção e substituir o veterano Gol, que teve a sua trajetória encerrada após 42 anos.
O Polo foi desenvolvido na Alemanha, mas sofreu uma série de adaptações por parte da engenharia brasileira da Volkswagen para lidar com as nossas condições de uso e rodagem. A começar pelo visual, que foi levemente retocado na grade e no para-choque dianteiro, para se diferenciar do modelo europeu; as suspensões utilizam componentes reforçados, maior altura de rodagem e calibração apropriada para encarar o castigado piso das ruas e estradas do Brasil.
Por fim, os motores utilizados no Polo são dotados de tecnologia flex, para funcionarem com a nossa gasolina, que contém alto teor de etanol, ou somente com o combustível derivado da cana-de-açúcar.
A estrutura do Polo é uma versão simplificada da plataforma MQB, utilizada em modelos mais sofisticados, como Golf, Passat e Tiguan. Ainda assim, a arquitetura MQB-A0 proporciona ao hatch alto nível de rigidez torsional, que reflete positivamente no comportamento dinâmico e, principalmente, na segurança do carro. Além de ser capaz de receber diversas tecnologias de auxílio à condução e de prevenção de acidentes, essa plataforma permitiu ao Polo atingir boas notas nos testes de colisão do Latin NCAP (entidade independente que avalia o nível de segurança dos carros vendidos na América Latina).
O Volkswagen Polo tem medidas bem próximas às dos hatches médios: 4,05 metros de comprimento, 1,75 m de largura, 1,46 m de altura e 2,56 m de distância entre-eixos. O porta-malas tem 300 litros de capacidade, enquanto a área interna pode chegar a pouco mais de mil litros com o rebatimento do banco traseiro, caso seja necessário transportar cargas maiores.
O Polo estreou com três opções de motores flex. A versão de entrada chegou com o 1.0 MPI aspirado de três cilindros de até 84 cv de potência e 10,4 kgfm de torque, associado ao câmbio manual de cinco marchas.
A configuração intermediária MSI era movida pelo 1.6 16V aspirado, de 117 cv e 16,5 kgfm, também combinado à caixa manual ou ao câmbio automático Tiptronic de seis velocidades.
O 1.0 turbo de três cilindros chegava com 128 cv e 20,4 kgfm de torque, disponível nas versões Comfortline e Highline, sempre atrelado à transmissão automática.
Independentemente da motorização escolhida, o Volkswagen Polo é sempre lembrado pelo baixo consumo de combustível. O desempenho é condizente com a proposta do modelo, porém, as variantes turbo são elogiadas pelas respostas mais ágeis do propulsor.
Em sua primeira avaliação pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro, o Polo 1.0 MPI obteve Nota A ao atingir médias de até 13,5 km/l no consumo combinado com gasolina; o 1.6 MSI fez 12,8 km/l ante 12,6 km/l do 1.0 turbo.
Em 2020, a linha Polo foi reforçada pela inédita versão GTS. Essa configuração se diferencia pelo visual mais esportivo, com detalhes em vermelho nos para-choques, nas costuras dos bancos, nas rodas de 18 polegadas com desenho exclusivo, entre outros.
No entanto, a “cereja do bolo” está sob o capô com o motor 1.4 turboflex de 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque. Freios e suspensão foram recalibrados para o carro lidar melhor com o ganho de desempenho (0 a 100 km/h na casa dos 8 segundos ante 10 segundos das variantes 1.0 turbo), embora o câmbio seja o mesmo automático de seis marchas das versões mais pacatas.
No último trimestre de 2022, o Polo chegou à linha 2023 com importantes atualizações externas, internas e mecânicas, além do reposicionamento de mercado que tirou equipamentos e reduziu a potência das versões 1.0 turbo.
O Volkswagen Polo 2023 assumiu de vez o papel de carro de entrada da marca no mercado brasileiro. Enquanto a versão Track 1.0 MPI passou a ocupar o lugar do Gol, as demais foram simplificadas para ficarem mais competitivas, em termos de preço, diante da concorrência (versões de Chevrolet Onix, Fiat Argo, Hyundai HB20, Toyota Yaris).
O visual foi atualizado principalmente na dianteira, com novos faróis (exceto na Track), grade e para-choque. As lanternas traseiras ganharam novo arranjo luminoso e o emblema com o nome “Polo” foi deslocado para o centro da tampa do porta-malas.
O interior também recebeu modificações, ainda que discretas, como o novo volante e painel digital com grafismo mais simples a partir da versão TSI. Contudo, o acabamento interno segue simples e com predomínio de material rígido em praticamente toda a cabine.
O motor 1.6 MSI deixou de ser oferecido, mas foi substituído pelo 1.0 turbo que equipava o Up TSI. Mais simples que o 200 TSI de 128 cv e 20,4 kgfm, o 170 TSI (nomenclatura em referência ao torque em Newton-metro) gera “apenas” 116 cv e 16,8 kgfm.
As versões Comfortline e Highline, no entanto, ainda perderam os freios a disco nas rodas traseiras, substituídos pelo sistema a tambor, de concepção mais simples.
Entretanto, para a alegria dos entusiastas que insistem em trocar as marchas por conta própria, o Polo passou a ter uma versão (TSI) que combina o motor turbo com o câmbio manual de cinco marchas.
Linha 2018
Linha 2019
Linha 2020
Linha 2021
Linha 2022
Linha 2023 (facelift)
Vale sim. Em seu segmento, o Polo é uma das referências em consumo, dirigibilidade e segurança. Por vender bem desde que estreou no mercado, o hatch tem peças de reposição em abundância e a maioria das oficinas independentes bem equipadas sabem cuidar de sua manutenção.
Quem coloca o prazer ao volante como um dos critérios para a compra de um automóvel, certamente notará como o Polo é um carro bem ajustado dinamicamente. A direção elétrica é precisa e as suspensões, embora firmes para garantir a estabilidade em curvas, são confortáveis em praticamente todo o tipo de piso.
Além disso, o Polo segue vendendo muito bem no mercado nacional, o que será favorável ao proprietário na hora de revender o veículo futuramente.
O calcanhar de Aquiles desta geração do Polo é, de fato, o acabamento interno um tanto simples para um carro estruturalmente refinado, mas não a ponto de desabonar as qualidades do hatch.
Entre as versões do Polo disponíveis no mercado, a Highline 200 TSI certamente é a mais vantajosa em termos de equipamentos de série. Caso o orçamento permita, procure por unidades equipadas com o painel digital Active Info Display, que era vendido em um pacote opcional, que ainda trazia a central multimídia Discover Media, sensor de chuva, faróis adaptativos, rodas de liga leve de 17 polegadas, entre outros itens. Com sorte, é possível até encontrar a série especial do Polo Highline equipada com o sistema de som da marca Beats.
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Fonte: direitonews
