Volvo desiste de ter só carros elétricos até 2030 e culpa impostos


O movimento de desaceleração na venda de carros elétricos tem causado uma mudança considerável no planejamento das fabricantes em todo o mundo. Depois de a Hyundai admitir que o caminho para modelos movidos apenas a bateria será mais longo, a Volvo desistiu de ter uma linha completamente elétrica a partir de 2030.

Vale lembrar que a marca sueca foi uma das primeiras a dizer que não teria sequer mais modelos híbridos à venda em um futuro próximo.

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Com o novo plano, em vez de ter somente carros elétricos de 2030 em diante, a Volvo promete que 90% das vendas serão de modelos elétricos e híbridos plug-in. Os 10% restantes serão de, segundo a marca, “alguns poucos modelos híbridos leves”.

Além de mudar a estratégia, a Volvo agora não dá mais um prazo para ser uma marca totalmente elétrica. A empresa diz que isso vai acontecer “quando os mercados estiverem favoráveis e, os consumidores, prontos.”

A explicação, ainda de acordo com a Volvo, está em uma série de motivos, como a “estrutura de pontos de carregamento não avançar tão rápido como o esperado e políticas locais e impostos de importação de veículos elétricos”.

O posicionamento parece uma resposta às recentes medidas tomadas pelos governos dos Estados Unidos, Brasil e da União Europeia, que anunciaram uma taxação aos modelos elétricos importados. O objetivo é frear o avanço das marcas chinesas (a Volvo faz parte do grupo Geely).

Os próprios números de vendas da Volvo mostram que o objetivo parecia distante. Entre abril e junho de 2024, os carros elétricos representaram 26% das vendas da marca no mundo.

Atualmente, a linha da Volvo no Brasil tem dois híbridos plug-in (XC60 e XC90) e três elétricos (EX30, XC40 e C40).

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Fonte: direitonews

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