Volkswagen Virtus Exclusive: 5 razões para comprar e 5 para pensar bem


O Volkswagen Virtus foi lançado no Brasil em 2018. Sete anos depois, o sedã compacto continua vendendo bem. Em 2025, por exemplo, é o segundo carro mais vendido da categoria e soma mais de 21 mil emplacamentos no período, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Por isso, Autoesporte testou a versão topo de linha do modelo na linha 2026, Exclusive, e agora conta cinco razões para comprar e cinco motivos para pensar bem antes de fazer negócio. Vale lembrar que o preço do Virtus Exclusive é de R$ 168.490.

Para começo de conversa, a configuração topo de linha do Volkswagen Virtus é a única na gama equipada com motor 250 TSI 1.4 turbo flex de quatro cilindros em linha com injeção direta. As opções mais baratas do sedã trazem o 170 TSI 1.0 turbo de 116 cv, enquanto as intermediárias têm o 200 TSI, também 1.0 turbo, de 128 cv.

No caso do Virtus Exclusive, estamos falando do propulsor 250 TSI que entrega 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque com qualquer combustível, junto do câmbio automático de seis marchas. É exatamente o mesmo conjunto do Taos, do T-Cross Highline e do Nivus GTS.

Por isso, o Virtus acaba sendo quase tão rápido quanto o Nivus, mesmo sem ter o sobrenome GTS. O sedã da Volkswagen acelera de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos, enquanto o SUV cupê faz o mesmo trajeto em 8,4 segundos. Um número quase igual e, claro, acima da média da categoria.

Afinal, além de ser o mais potente do segmento, o Virtus Exclusive também é mais rápido do que os principais concorrentes, porque é o único com motor 1.4 turbo. Rivais como Chevrolet Onix Plus, Hyundai HB20S, Fiat Cronos ou Honda City, por exemplo, são equipados com motores 1.0 turbo, 1.3 aspirado ou 1.5 aspirado.

Outro ponto positivo do Volkswagen Virtus é o fato de que o sedã tem espaço de sobra. Com 4,56 metros de comprimento, 1,75 m de largura e 1,49 m de altura, é também bem maior do que os principais concorrentes. A diferença para o HB20S, por exemplo, é de 24 cm. Muita coisa.

Isso acaba ajudando o Virtus a ter um porta-malas bem grande. São 521 litros de capacidade. Ou seja, abaixo apenas do Cronos, que oferece 525 litros no compartimento. E a história se repete na segunda fileira. Afinal, o compacto tem o maior entre-eixos da categoria, com 2,65 metros — a diferença é de apenas 5 cm para um Toyota Corolla.

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Na prática, os passageiros acabam tendo espaço de sobra para as pernas. E mesmo que a gente esteja falando de sedã, que tem originalmente o teto mais baixo, há também conforto para a cabeça. Só quem senta no assento do meio não consegue se acomodar tão bem por conta do assoalho, que é mais elevado.

O Volkswagen Virtus também é uma boa opção quando a gente analisa seus ângulos de entrada (17,1°) e de saída (22,6°). Mas o que exatamente isso significa? Que ainda que você esteja comprando um sedã, que é um carro mais baixo por natureza, não vai precisar se preocupar em raspar os para-choques ao passar por valetas ou terrenos mais baixos.

O Virtus Exclusive ainda impressiona com a sua lista de equipamentos, que é bem recheada. A versão topo de linha do sedã compacto traz seis airbags, assistente de partida em rampas, controle de pressão dos pneus, frenagem automática pós colisão, controle eletrônico de estabilidade e de tração, piloto automático com limitador de velocidades, sensores de estacionamento traseiros e dianteiros, frenagem autônoma de emergência, câmera traseira, assistente ativo de mudança de faixa e até sistema de reconhecimento de cansaço e de distração.

Fora isso, ainda conta com outros itens interessantes, como carregador de celular por indução, central multimídia VW Play Connect de 10,1 polegadas e conexão com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, ar-condicionado digital, painel de instrumentos digital de 10,25″, rodas de liga leve de 18″, seletor de modos de condução e faróis e lanternas de LED.

Para fechar a lista dos pontos positivos do Virtus, temos a boa dirigibilidade. Afinal, o sedã alemão é extremamente estável e passa muita segurança até mesmo em curvas mais rápidas. Além disso, ainda que o ajuste da suspensão independente McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira seja voltado levemente para a esportividade, o Virtus é um carro confortável. Há pouco balanço na cabine até quando o asfalto tem buracos ou outros tipos de irregularidades.

Em relação ao consumo, o Virtus Exclusive acaba gastando mais combustível que os rivais, claro, por conta do motor 250 TSI. De acordo com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), o consumo oficial é de 8,1 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada com etanol.

Com gasolina, os números sobem para 11,7 km/l em ciclo urbano e 14 km/l em rodoviário. Ainda que sejam marcas capazes de livrar o Virtus do apelido de “beberrão”, ficam abaixo, por exemplo, dos 13 km/l e 15,2 km/l feitos pelo Hyundai HB20S com gasolina.

E além de ser o sedã compacto que mais gasta combustível, o Virtus é também o dono das revisões mais caras da categoria. De acordo com o Qual Comprar 2025, um superguia feito por Autoesporte, o custo das revisões feitas em uma concessionária nos primeiros cinco anos de uso, conforme as tabelas, é de R$ 5.448. Como comparação, o mesmo serviço custa R$ 3.173 no Hyundai HB20S.

E fique tanto: os valores de revisões divulgados no site da Volkswagen não são necessariamente os reais. Isso porque, além do preço anunciado, a marca revela alguns itens que não fazem parte do pacote de revisões, no entanto, são obrigatórios para a preservação da garantia de fábrica.

É verdade que o Virtus tem ar-condicionado digital. E isso é muito bom. Só que, assim como os outros carros da Volkswagen, o sistema é o chamado Climatronic Touch. Em resumo, todos os ajustes são feitos no formato touchscreen. Então basta deslizar o dedo para aumentar ou diminuir a temperatura, ou até a ventilação. No entanto, o recurso não funciona tão bem na prática. Para o motorista, o ideal seria que as alterações fossem feitas por botões para garantir uma precisão maior.

Claro que entregar o sedã compacto mais potente, rápido e espaçoso da categoria tem um preço. Neste caso, a Volkswagen cobra R$ 168.490 pelo Virtus Exclusive. Por isso, a versão topo de linha acaba sendo precificada na mesma faixa de valor dos sedãs médios de entrada, uma categoria acima.

Afinal, o Virtus em questão é até mais caro do que a opção mais barata do Toyota Corolla, que parte de R$ 167.590. Outra comparação pode ser feita com Nissan Sentra, que tem preço inicial de R$ 171.890.

A versão topo de linha dos principais rivais é bem mais barata do que isso. O Chevrolet Onix Plus Premier tem preço de R$ 136.490 e o Hyundai HB20S Platinum custa R$ 136.310. Já a opção mais cara do Fiat Cronos, chamada Precision, não sai de uma concessionária por menos de R$ 120.990. Uma diferença de cerca de R$ 30 mil. Quem mais se aproxima é o Honda City Touring e seus R$ 150.880.

Ainda que a lista de equipamentos do Volkswagen Virtus Exclusive seja recheada, como citado anteriormente, o sedã deixa a desejar em um item: freio de estacionamento eletrônico. Claro que a maior parte dos concorrentes também não oferece esse equipamento e traz o freio de mão comum, mas, considerando que estamos falando do carro mais caro da categoria, certamente faz falta. Ainda mais porque o Honda City Touring, por exemplo, tem esse recurso e custa quase R$ 15 mil a menos.

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Fonte: direitonews

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