Volkswagen vai produzir Virtus e picape no PR para fazer híbridos no ABC


Dentro de seu plano de investimentos de R$ 9 bilhões até 2028, a Volkswagen fará um rearranjo nas suas linhas de produção. A fabricante vai migrar a produção do sedã Virtus de São Bernardo do Campo (PR) para São José dos Pinhais (PR), junto do SUV T-Cross, recentemente renovado, e da futura picape Tarok.

O objetivo será abrir espaço na planta o ABC Paulista para a família de SUVs híbridos (projeto Tayron), os sucessores diretos do atual Tiguan Allspace, que será produzido lá e lançado no mercado brasileiro a partir de 2027.

Informações do site Mobiauto apontam que a produção do Virtus passará a ser compartilhada entre o ABC e o Paraná já a partir de 2025. Autoesporte apurou que a fabricante está montando unidades do Virtus em São José dos Pinhais em caráter experimental pelo menos desde o fim de abril, a fim de promover ajustes nas linhas.

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Embora a marca fale em fabricação compartilhada, o cronograma prevê a migração completa da produção do sedã para lá até 2027, quando a marca deve enfim iniciar a produção do primeiro modelo da família Tayron, construída sobre a plataforma MQB Hybrid (conhecida na Europa como MQB Evo).

A decisão se baseia no fato de o Virtus compartilhar não apenas a matriz MQB A0 com o T-Cross, mas também o entre-eixos de 2,65 metros, o que facilitará a adaptação dos pontos de fixação para a montagem do sedã.

Em 2026, entrará em linha a caminhonete Tarok (chamada assim informalmente, mas que pode ter um nome definitivo diferente), compartilhando a cabine com o T-Cross, porém com um entre-eixos maior. Ela terá porte compacto-médio, entre Saveiro e Amarok, e brigará contra Chevrolet Montana, Fiat Toro e Renault Oroch.

Curiosamente, uma mula com carroceria do Virtus tem sido usada para os primeiros testes de “vida real” da Tarok. A caminhonete novata chegará ao mercado no primeiro semestre de 2026 usando motorização apenas turbo flex, formada possivelmente pelo motor 1.4 TSI de 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque, com câmbio automático de seis marchas e tração dianteira.

Assim, os primeiros híbridos nacionais da Volkswagen deverão mesmo ser os SUVs Tayron (convencional e cupê), a serem lançados em 2027, com o motor 1.5 TSI Evo2 em variante micro-híbrida (MHEV) de 48V ou híbrida plug-in (PHEV ou com recarga externa). Explicamos como funcionará a motorização híbrida flex da marca em detalhes neste outro artigo.

Até 2028, o motor 1.5 TSI Evo2 MHEV deve ser aplicado a modelos compactos da Volkswagen, como o próprio T-Cross, Nivus, Virtus e Tarok, enquanto os compactos Polo e projeto A0 SUV, a ser lançado em 2025, com produção em Taubaté (SP), seguirão apenas flex.

Para o período entre 2029 e 2032, portanto em um próximo ciclo de investimentos, a marca alemã estuda produzir seu primeiro modelo elétrico nacional. Em recente entrevista ao podcast CBN Autoesporte, o CEO da Volkswagen no Brasil, afirmou que a empresa “estuda forte” a fabricação local de um carro elétrico nacional. Possobom não deu detalhes, mas nossa reportagem apurou que o modelo em estudo é o SUV elétrico ID.2, sucessor do T-Cross na Europa.

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Fonte: direitonews

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