Tayron. Projeto Evo. MQB Hybrid. Estes são nomes que vêm sendo mencionados aos borbotões entre engenheiros e empregados da Volkswagen nos últimos meses, mesmo antes do anúncio do pacote de investimentos de R$ 9 bilhões da marca para o Brasil até 2028. E esses três nomes estão ligados à futura dupla de produtos que serão produzidos pela marca em São Bernardo do Campo (SP) neste novo ciclo.
A Volkswagen ainda não diz quais serão esses dois produtos, nem quando chegam, mas Autoesporte pode afirmar que se trata do projeto Tayron ou Evo, formado por dois SUVs médios (um de sete lugares, um de cinco com carroceria estilo cupê). A plataforma é a MQB Evo, uma evolução (daí o nome) da base MQB-A de Taos, Tiguan e Jetta. Já a base do projeto será o modelo que está surgindo na China como Tiguan L Pro.
O nome Tayron não necessariamente será usado pela versão de produção da futura dupla de SUVs nacionais da Volkswagen. Ou mesmo Tiguan L Pro. Basta ver o próprio Taos, que na China se chama Tharu e, aqui, era conhecido como projeto Tarek antes de ser lançado com o nome definitivo. O visual dos modelos também deve ser atualizado até a chegada às lojas, prevista originalmente para 2027.
Todavia, com base no visual do chinês Tiguan L Pro, preparamos duas projeções que antecipam o design do projeto Tayron brasileiro (com carroceria convencional ou cupê), feitas com exclusividade por João Kleber Amaral.
Na China, o novo Tiguan L Pro possui dimensões muito parecidas com as do atual Tiguan Allspace vendido no Brasil: 2,79 metros de entre-eixos (mesmo número), 4,73 m de comprimento (igual), 1,85 m de largura (-1 cm) e 1,68 m de altura (-1 cm). Já o Tayron X, o SUV cupê para cinco passageiros, feito sobre a mesma carroceria, deve ter o entre-eixos encurtado para cerca de 2,70 m.
Ambos estrearão a plataforma MQB Hybrid e, assim, devem ser efetivamente os primeiros carros híbridos flex da Volkswagen no Brasil. Para isso, usarão como ponto de partida o aguardado motor 1.5 TSI Evo2, aliado ao câmbio DSG, automatizado de dupla embreagem com sete marchas caixa banhada a óleo.
Poderão ser lançados em variante híbrida plena (HEV), com potência ainda não revelada (deve ficar entre 170 e 180 cv) e baterias de cerca de 1 kWh de capacidade, ou híbrida plug-in (PHEV), de 204 cv, com possibilidade de recarga externa, potência de 204 cv e baterias entre 10,6 e 19,7 kWh de capacidade.
Apenas para a nova família Tayron a Volkswagen está separando um investimento que pode superar os R$ 2 bilhões. O objetivo será brigar com os Jeep Compass e Commander, que ganharão versões híbridas nos próximos anos, além da invasão de SUVs chineses como o BYD Song Plus e o GWM Haval H6.
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Fonte: direitonews